domingo, 7 de dezembro de 2008

ATLÉTICO-PR 5 X 2 FLAMENGO

O time que eu vi hoje não é capaz de lidar com a responsabilidade de vencer. De ter que vencer. Engraçado que ele feche o ano desta maneira, quando a impressão que tínhamos com a campanha final no Brasileiro do ano passado era a que, enfim, o Flamengo havia montado um elenco que conseguia entender o que é o clube, capaz de usar sua força intrínseca a favor.
Já não sei se a tragédia contra o América do México foi causadora de tudo de ruim no ano ou se foi apenas mais um episódio da coleção de vexames que nos aguardava. O que sei é que justamente antes daquele evento tivemos as duas partidas que mais nos encheram de esperança no ano: o 4 x 2 em cima do próprio América-Mex e o 3 x 1 da final do Estadual. Depois destes dois jogos, não vimos mais aquele Flamengo.
O time bundão que foi presa fácil para o limitadíssimo Atlético-Pr (equipe que brigou o campeonato inteiro para não cair) é o mesmo daquelas derrotas e empates no Maraca, tão evocados na imprensa: derrota para o Atlético Mineiro, empate com Goiás e Portuguesa. Mais se for ver bem, no jogo de hoje o Flamengo se comportou igualzinho à partida contra o São Paulo no 1º turno, quando foi dominado em pleno Mário Filho. Isso foi também uma vergonha. Assim como foi vergonha não demonstrar capacida de reação e ser incapaz de se impor contra o Cruzeiro no Mineirão. Na mediocridade geral do campeonato, o Flamengo vinha recebendo ofertas dos adversários para livrar o fim de ano do sofrível. Hoje o Palmeiras deu mole de novo, mas o Mengão deixou claro que a taça da sem-vergonhice é dele e ninguém tasca.
Nesse ponto, o técnico Caio Jr. parece ter sido a cereja do bolo. Entre passagens por Fla, Goiás e Palmeiras, o treinador fica marcado por comandar equipes que em quatro competições seguidas entregaram o objetivo principal. Caiu como uma luva por carregar o perfil de quem não agüenta pressão. Igualzinho aos jogadores que dirige.
Seria simplista colocar a culpa só no treinador e jogadores? De certa forma seria, mas peço licença para atacar um lugar comum que vejo a todo momento repetido no futebol. A tal história da estrutura. Não livro a cara da diretoria por não conseguir dotar o Flamengo de campos de treinamento razoáveis, de alojamentos coinfortáveis, por não contratar com planejamento, etc. Mas em primeiro lugar vem time e treinador. O São Paulo foi campeão por causa da estrutura? Também, mas sua performance na primeira metade do campeonato mostra que isso não é tudo. O que a boa organização de um clube permite é que este esteja sempre brigando nas primeiras colocações, que não passe por altos e baixos, que não alterne temporadas brilhantes com brigas contra o rebaixamento. Dificilmente se verá o São Paulo brigando para não cair. Mas a condição de favorito depende do bom trabalho de treinador e da equipe que se tem. Bota o Renato Gaúcho lá no Morumbi e vê o que acontece. Da mesma forma, observemos o desempenho do São Paulo no mata-mata das últimas Libertadores. Se só estrutura contasse, o campeonato inglês terminaria empatado.
A meu ver o Flamengo montou um time que tinha condições de brigar pelo título. E a verdade é que nunca brigou: liderou numa fase em que não ganhou de nenhum grande, com exceção do Inter. E depois da janela, nunca mais incomodou. E aí não tem jeito de não pensar que se tivéssemos um treinador competente nossa trajetória seria diferente. E que fique claro que não penso que esse treinador é o Joel.
Nos últimos tempos tenho pensado que o que mais me angustia no Flamengo é ver treinadores que não armam time ofensivos. Temos assistido ao aumento contínuo do número de volantes no time com o passar dos anos, sempre com ao menos um a mais do que o tolerável. Chegamos ao requinte de crueldade de ver um meio campo que já foi habitado por Andrade, Adílio e Zico com quatro volantes! Taí algo no Caio Jr que muito me emputeceu: no auge de sua insegurança o sujeito resolveu copiar o esquema do Natalino. Justamente quando ele demonstrava que faria um trabalho diferente, marcado pela ousadia...
Pois o que espero no ano que se aproxima (e que se anuncia crítico) é ver um Flamengo armado da forma mais ofensiva possível com as peças que tiver, sejam lá elas quais forem. Se for diferente, espero não me enganar. Independente de qualquer outro fator que contribua para o insucesso (e temos muitos: a política do clube, as torcidas brigonas, a falta de dinheiro, as farras dos jogadores), ver um time com Jailtons, Torós e Klebersons já será o suficiente para perceber um estado de crise permanente.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

FLAMENGO 5 X 2 PALMEIRAS

O imponderável se fez presente no Maraca. Teve até torcedor do Sport Recife comemorando gol do Mengão na arquibancada.
Quer mais provas? Após o nome do Kleberson, seguiu-se uma nota 10 no jornal O Globo de segunda-feira. E daí as palavras: "o cérebro do time". O mais surpreendente é que não era exagero! E o Ibson? Mostrou todo o futebol que a gente sabe que ele tem, mas que costuma esconder. Resultado, guardadaças as devidas proporções, era como se em vez de Ibson e Kleberson os sujeitos chamassem-se Zicson e Juniorson! O imponderável...
O imponderável em Jaílton! Sim, ele cometeu um penal bobo como sempre. Mas quase fez de calcanhar!
E a pedalada de Obina? Não é um movimento bem executado. É grotesco. Mas é também impossível de descrever, é o reverso da ginga. É... imponderável!
Pode ser tarde para algo mais. Friamente, não acho nem uma boa que essa formação e esse treinador ganhem moral, pois precisamos de mudança de postura em geral. Mas o lance é que a gente fica esperando um pouco de dignidade, de resposta pela mobilização nas arquibancadas, algum nível de comunhão. Dá um pouco de esperança no futuro. Se depois vem euforia ou depressão, não sei. Mas é muito bom ver o Flamengo dar show, principalmente quando não se espera muito do time.

*****
Que fique bem claro: não estou nem um pouco entusiasmado com o jogador Kleberson. Se for seguir a média, sua próxima grande atuação acontecerá em 2014! Levo fé mesmo em dois garotos do atual elenco: Airton e Everton. Opa, rima também!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

FLAMENGO 1 X 0 BOTAFOGO

O QUE O TIOZÃO FEZ

Saiu jogando com o Maximiliano. De centroavante. No meio dos trogloditas André Luis e Renato Silva. Aí sacou o argentino tampinha no intervalo, pois constatou que o Flamengo precisava de uma "referência". Ué, mas não foi justamente isso que todo mundo falou que iria faltar antes do jogo? Bom, o escolhido como "referência" foi o Josiel. Caraca, será que o Josiel consegue fazer mais do que aquilo nos treinos? Na boa, eu sou péssimo jogando bola. Gosto muito de futebol, mas infelizmente o corpo não obedece aos comandos da mente, que possivelmente saem em slow motion. Eu juro: o Josiel perdido no meio dos atacantes, batendo na bola com a canela, furando conclusão parecia... comigo!

Enquanto isso, o Vandinho, que a rigor nunca jogol maaaal no Flamengo (até porque não teve chance), ficou no banco o tempo todo. Longe de ser craque, o queixudo fez mais no jogo contra o Sport do que todos os atacantes nesta fase pós-Marcinho.

Só para ficar claro: não foi por isso que o Mengão foi mal contra a cachorrada, é só um exemplo da incoerência do Caio Jr.

O QUE O TIOZÃO FALOU

Na verdade, o que vem falando. Não sei se o Caio envergonha mais a nação com as suas formações covardes ou quando abre a boca. Depois do jogo contra a Lusa, exaltou o fato de ser o melhor do Rio no campeonato. Se tem um negócio que me dá ódio é essa história de "melhor do Rio". Ontem ele abusou. Defendeu o tempo todo as suas atitudes, posou de mago, disse que era "muito gostoso" estar brigando pelo título. E misturando esta tímida arrogância com pose de vítima, emendou que sonha ter seu nome gritado pela torcida. Vamos ver com quantos volantes vai encher o meio-de-campo no domingo para conseguir realizar seu sonho.

O JOGO

E o jogo? Ah, valeu pelo chororô!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

VITÓRIA 0 X 0 FLAMENGO

Kleberson é gênio. Realizou uma excelente partida na vida (duvido que tenha tido qualquer outra mais do que boa) mas foi esperto o suficiente para fazê-lo numa final de Copa do Mundo. Depois disso, nunca mais precisou jogar nada para ganhar dinheiro como jogador de futebol. Na época era uma jovem promessa, e todos os seus sucessivos fracassos após o Mundial (no próprio Atlético-Pr que o revelou, no Manchester e no Besiktas) eram aliviados pela lembrança de que o jogador conquistara o penta com o Brasil. Não sei se nos outros clubes pelos quais passou funcionava deste jeito, mas, no Flamengo, onde dizem que recebe o maior salário do elenco, o Kleberson desenvolve um macete que poucos observam. Ao final do empate contra oVitória, a maioria poderá reclamar do Leo Moura ou do Toró, que desperdiçaram jogadas de gol claríssimas. Estes devem receber uma nota 4 ou 4,5 dos jornais, comprometeram claramente o resultado do jogo. Kleberson levará um 5,5 ou 6: não perdeu gols, não desperdiçou ataques... Agora tente se lembrar de um lance em que o rapaz tenha participado na defesa ou no ataque. Eu falo em participar, não em destacar-se ou executar com perfeição. Só participar.
Pois é... Eu só lembro de um lance, uma bola no ataque que foi rebatida em seus pés e ele deu um balão na bola, botando o Leo Moura na frente do gol, mas também livrando-se dela. Aliás, meu amigo André observa que ele sempre se livra da bola. O André também concluiu o que não parece tão óbvio: com o Kleberson, jogamos sempre com menos um. Mas desse jeito, escondidinho e com título de pentacampeão do mundo, o sem-sangue é titular absoluto no time do Tiozão.
****
O Flamengo está a 3 pontos dos líderes. Os que estão na frente não possuem muitos atributos: o Grêmio andou perdendo da Portuguesa e nesta rodada tomou um passeio; O Palmeiras levou de 3 do Fluminense; o Cruzeiro é um time de garotos e o São Paulo ganha sempre na conta do chá e muitas vezes com arbitragem amiga. O Flamengo tem (ou tinha, após esta rodada) a melhor campanha do segundo turno. É (ou era) o melhor visitante. Tem o segundo melhor ataque e o terceiro melhor saldo. No entanto, os dados qualitativos são mais importantes que os quantitativos. A matemática é pouco para me entusiasmar. O time não inspira confiança. Para ser campeão ou talvez até para a vaga na Libertadores, precisará ganhar do Cruzeiro fora e do Palmeiras em casa.
Não levo fé. Também não acho agradável assistir aos jogos deste time. O jogo com o Coritiba foi uma aberração, com muitos deméritos para o adversário. Por isso, não pretendo ir ao jogo de sábado. Caio Jr. e Kleberson conseguiram me transformar num torcedor de radinho.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

FLAMENGO 5 X 0 CORITIBA

Depois de um longo e silencioso inverno, a resenha volta empolgada após a goleada sobre o Coritiba. Não, ainda não estou convicto de que dá para confiar no time. A postura mais segura e racional é manter a desconfiança. Mas racionalidade não tem nada a ver com ser torcedor! Mais uma vitória destas e eu atolo no mar do entusiasmo!

O JOGO

O adversário foi surpreendentemente frágil, mas isso não é problema nosso. O fato é que o jogo rolou do jeito que o time do Flamengo gosta: o visitante dando espaço e transformando o gramado do Maraca num latifúndio para a gente atacar em velocidade. Destaques para o Leo Moura, o Ibson (que tava merecendo jogar bem e marcar um gol, pois nunca se escondeu) e para o Obina!

OBINA

Obina é o seguinte: quando o Flamengo perde ele irrita; quando ganha, ele diverte. Além de ter contribuído com um gol e uma presença constante e perigosa na área, o baiano nos brindou com suas pedaladas, seu gingado desengonçado e suas quedas tal qual um saco de batatas. Tá certo que isso só é engraçado, repito, nas vitórias, mas se ele continuar fazendo os gols como naquela jogada do Kleberson...

KLEBERSON

Teve uma atuação razoável. Talvez a melhor com a camisa do Flamengo. Simplesmente porque participou de alguma coisa! No caso, deu um pique aproveitando um buraco do lado direito digno de uma pelada e rolou consciente para o Obina. Claro, que para fazer TUDO ISSO o esforço foi incomensurável e o rapaz saiu com cãibras aos 26 minutos do segundo tempo. E aí o Fierro entrou e participou muito mais que ele do jogo!

FIERRO

Aliás, eu levo mais fé nesse gringo do que no Sambueza. Inexplicavelmente eu leio por aí muitos comentários considerando que o argentino tem um algo a mais e que merece vaga. Para mim, o cara não mostrou nada ainda. Na verdade, o acho bonde. Se não for, tá pesadão demais. O chileno me parece mais esperto. Hoje seria o jogador que eu escalaria no lugar do Kleberson. Eu manteria também o Aírton e sacaria o Jailton.

JAILTON

Eu já tinha dito isto antes: o Jailton pode ser um bom zagueiro-central, apesar de ser um volante ou terceiro zagueiro fraco. Ele deve ser o reserva imediato do Fabio Luciano, nunca mais será contestado. Nesta invenção o Caio acertou. E ainda bem que escalou o Luizinho. Os remanescentes do pacote do Ipatinga foram úteis.

SPORTV

Por falar em Ipatinga, já repararam na mania insuportável do Luiz Carlos Jr. de sempre mencionar o time pelo qual o jogador foi revelado quando cita o nome de um na narração? Para quê a gente precisa desta informação, meu Deus do céu? "Lá vai Ibson, revelado pelo Flamengo. Toca para Obina, revelado pelo Vitória. Mais atrás com Kleberson, revelado pelo Atlético Paranaense e pentacampeão do mundo em 2002! Kleberson erra o passe...". Senti falta de estar no Maraca. Pelo menos assistindo ao jogo em casa dá para beber cerveja. E é possível ouvir os comentários do Raul, que além de dizer coisas pertinentes, ainda torce descaradamente pelo Mengão! Eu gosto é disso, imparcialidade nas transmissões!!!!

domingo, 27 de julho de 2008

FLAMENGO 3 X 1 VASCO; CORITIBA 1 X 0 FLAMENGO; FLAMENGO 0 X 1 VITÓRIA; PORTUGUESA-SP 2 X 2 FLAMENGO; FLAMENGO 0 X 0 BOTAFOGO

Uma vitória tranqüila, numa "época" em que liderávamos com folga o Brasileirão, depois quatro resultados ruins na seqüência. Nesse meio tempo saíram Renato Augusto, Marcinho e Souza, sendo que só os dois primeiros farão falta mesmo. Só que fica uma pergunta: quando o Souza nos desesperava perdendo gol de todo jeito, a gente gritava Obina na arquibancada. Se não vier ninguém para o ataque, o que faremos quando o Obina perder mais e piores gols, de forma mais bisonha ainda? Pediremos Paulo Sérgio?

Em breve as estátisticas das partidas.

sábado, 12 de julho de 2008

ATÉTICO-MG 1 X 1 FLAMENGO

Terminada a partida na qual fizemos um primeiro tempo que poderia garantir a vitória (não contasse o time adversário com a participação decisiva de um jogador para atrapalhar o nosso ataque, o Obina) seguido de um segundo tempo de amplo domínio adversário, lá fui eu, para internet, mesmo tendo que acordar cedo no dia seguinte, descobrir o quanto duraria o último sofrimento do campo das neuroses futebolísticas. Fui no site da CBF e aprendi que a tal janela fica aberta até 31 de julho para os melhores do seu time irem embora. Logo em seguida, abre-se outra para a entrada de reforços vindos do exterior. Portanto, serão mais dezenove de dias de angústia com a expectativa de perdermos mais alguém do time, para então termos a esperança de ver alguém estreando no lugar do Renato Augusto. E se o reforço chegar, que ao menos não venha em um negócio mirabolante e pirotécnico, como o Sr. Kleber Leite gosta de praticar...

Atlético-MG: Edson; Mariano (Elton), Marcos, Vinícius e Amaral (Castillo); Serginho, Márcio Araújo, Renan e Petkovic; Danilinho e Eduardo (Rafael Aguiar). Técnico: Alexandre Gallo
Flamengo: Bruno; Luizinho, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Kléberson (Dininho), Toró (Aírton) e Jônatas (Erick Flores); Marcinho e Obina. Técnico: Caio Júnior
Local: Mineirão
Árbitro: Paulo César Oliveira
Assistentes: Milton Otaviano dos Santos e Marcelo Carvalho Van Gasse
Cartões amarelos: Jaílton, Aírton (Flamengo); Vinícius (Atlético-MG)
Gols: Marcinho, aos 16min do primeiro tempo; Marcos, aos 31min do segundo tempo

segunda-feira, 7 de julho de 2008

FLAMENGO 3 X 0 NÁUTICO

Se o Flamengo é time de chegada, no Brasileirão de pontos corridos tem que se chegar desde o início. Portanto, apesar do quase ineditismo da disparada na frente, estamos de certa forma seguindo a tradição dos anos em que o Mengão foi campeão! Mas por enquanto, vamos ao jogo:

- Renato Augusto começa a tomar conta da meiuca. É o cara certo no lugar certo. Ney Franco e Joel Santana desperdiçaram quase dois anos da vida deste moleque;
- Por falar em Ney e Joel, o trabalho do Tiozão já é o melhor de um treinador no Fla em muitos anos;
- Dininho deu conta direitinho do recado. O próximo com a responsa de mostrar que temos elenco é o Luizinho;
- Kleberson, se não empolga, pelo menos está demonstrando mais confiança, se escondendo menos. Bom reserva para o Ibson, que renovou, acabei de saber!;
- Obina e Souza só trocaram de papel na quase inoperância. Gosto dos dois, mas para termos um timaço falta um atacante que incomode. Quem sabe no ano que vem?

De resto, é um passo de cada vez...

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Dininho, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian, Kléberson e Renato Augusto (Jônatas); Marcinho (Diego Tardelli) e Obina (Souza).Técnico: Caio Júnior
Náutico: Eduardo, Ruy, Vágner, Luizão e Itaqui (João Paulo); Paulo Almeida, Radamés (Paulo Santos), Helton e Geraldo; Felipe (Gilmar) e Wellington. Técnico: Leandro Machado
Local: Maracanã
Árbitro: Jailson Macedo Freitas
Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha de Matos e Adson Márcio Lopes Leal
Cartões amarelos: Leonardo Moura e Cristian (Flamengo). Ruy, Geraldo, Eduardo, Paulo Almeida e Helton (Náutico).
Gols: Leonardo Moura, aos 11 minutos; e Marcinho, aos 19 minutos do primeiro tempo. Kléberson, aos 14 minutos do segundo tempo.

sábado, 5 de julho de 2008

FLAMENGO 2 X 4 SÃO PAULO; IPATINGA 1 X 3 FLAMENGO; SPORT 1 X 2 FLAMENGO

Pára para ver: o Flamengo está fazendo uma boa temporada, com uma regularidade incomum. Nos últimos Brasileirões o time começou de forma desanimadora. Qualquer jogo fora, no Nordeste, pelas bandas do Sul, era sinônimo de dor de cabeça. Não dava para confiar. E agora? Bom, nesse ano de bastante regularidade no Carioca e de bons jogos no início do Brasileiro teve a eliminação patética e prematura na Libertadores. O fato é que a torcida está ressabiada e não se empolgou com o bom momento. E talvez isso possa ser bom!

Acho que já escrevi isso antes: os mais sensatos estão com pavor de oba-oba. Então foi assim, meio desconfiada, que a torcida foi (em número aquém do potencial) assistir o embate com o São Paulo. Rola um perigo na desconfiança: percebo que os torcedores também se sentem meio culpados pela eliminação na competição sul-americana, mesmo que de forma inconsciente, e por isso estão segurando a onda na cobrança mais incisiva. Mas ao menor sinal de fraqueza do time... Vi uma certa fúria no olhar de alguns torcedores. O jogo contra o São Paulo era para dar moral, o primeiro teste de fogo no campeonato nacional. Mas aí quem tomou conta do jogo foi o visitante. Resultado: não passamos no teste, a massa frustrou-se e o risco da instituição da impaciência surgiu com força. Derrota nunca é bom, mas ao menos esta aconteceu na última partida de uma seqüência em casa. A chance de recuperação seria dada fora de casa, longe da impaciência da torcida. E o alento a que me referi no primeiro parágrafo foi o de podermos viajar sem oba-oba na bagagem.

Obviamente eu espero uma contrapartida do time pela minha mobilização e presença nas arquibancadas. A oportunidade para recebê-la acontece principalmente nos jogos fora de casa. Tivemos dois compromissos após o jogo com o São Paulo. Em um, a vitória era obrigação e foi cumprida. O outro podemos enquadrar naquela categoria de teste de fogo, porque ganhar do Sport lá vinha sendo difícil para todo mundo. Neste último os três pontos vieram com os bônus de podermos escalar um meia de ofício e de finalmente vermos um centroavante fazendo o papel de goleador do time.

Sigamos então nossa jornada, agora em casa, buscando manter a liderança. Estou começando a gostar desse negócio de pontos corridos. Mas sem oba-oba! A empolgação virá na hora certa.

Flamengo x São Paulo
Flamengo: Bruno; Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Toró (Jônatas), Cristian, Ibson e Marcinho; Diego Tardelli (Maxi Biancucchi) e Souza (Obina).Técnico: Caio Júnior.
São Paulo: Rogério Ceni; Alex Silva, André Dias e Miranda; Jancarlos (Richarlyson), Zé Luis, Joilson, Hugo e Jorge Wagner; Borges (Éder Luis) e Aloísio.Técnico: Muricy Ramalho.
Local: Maracanã
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva
Auxiliares: Altemir Hausmann e Alessandro Álvaro Rocha de Matos
Cartões amarelos: Jancarlos, Aloísio e Jorge Wagner (SÃO); Leonardo Moura (FLA)
Gols: Borges, aos 22 minutos do primeiro tempo; Ibson, aos 11 minutos, Borges, aos 16 minutos, Aloísio, aos 19 minutos e Ibson, aos 24 e Éder Luis, aos 47 minutos do segundo tempo.

Ipatinga x Flamengo
Ipatinga: Fred; Márcio Gabriel (Ricardinho), Gian, Tiago Vieira e Rodriguinho; Augusto Recife, Leandro Salino, Xaves (Léo Oliveira) e Gerson Magrão; Neto Baiano e Luciano Mandi (Adeílson).Técnico: Ricardo Drubscky.
Flamengo: Bruno, Léo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian, Ibson, e Marcinho (Kleberson); Diego Tardelli (Renato Augusto) e Souza (Obina).Técnico: Caio Júnior
Local: Ipatingão
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio
Auxiliares: Cesar Augusto de Oliveira e Nilson Alves Carrijo
Cartões amarelos: Jaílton, Souza, Cristian e Obina (FLA); Tiago Vieira e Augusto Recife (IPA)
Gols: Juan, aos 12 minutos; Ibson, aos 21 minutos; Tiago Vieira, aos 35 minutos e Kléberson, aos 45 minutos do segundo tempo.

Sport x Flamengo
Sport: Magrão; Luisinho Netto, Igor, Gabriel e Dutra; Daniel Paulista, Everton (Sandro Goiano), Francisco Alex e Carlinhos Bala; Enílton (Juninho) e Roger (Leandro Machado)Técnico: Nelsinho Batista.
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Ronaldo Angelim, Fábio Luciano e Juan; Jaílton, Cristian (Max), Ibson e Renato Augusto (Kléberson); Marcinho (Diego Tardeli) e ObinaTécnico: Caio Júnior
Local: Ilha do Retiro
Árbitro: Sálvio Spínola
Auxiliares: Milton Otaviano e Cleriston Barreto Rios
Cartões amarelos: Dutra, Sandro Goiano (Sport), Ibson, Jaílton, Fábio Luciano (Flamengo)
Gols: Obina, aos 9 min, Francisco Alex, aos 29 min, e Obina, aos 48 min do segundo tempo

sábado, 14 de junho de 2008

FLAMENGO 5 X 0 FIGUEIRENSE

Não tenho o hábito de assitir jogos que não sejam do Flamengo. Só vejo partida de advewrsário direto quando está muito perto do fim do campeonato e mesmo assim dificilmente acompanho os noventa minutos. Assim, não tinha muita idéia do trabalho do Caio Jr. a partir das experiências anteriores. Não gostei muito do nome por conta de sua falta de currículo.

Ainda não é possível tirar conclusões do trabalho do treinador do ponto de vista tático e técnico, da capacidade de planejamento, etc. Mas a postura do time (e não apenas pela goleada) foi um alento, algo que há muito eu esperava. Para ser preciso, o presente dado pelo tiozão no meio da semana foi a escalação. Uma escalação pensada para o Flamengo atacar, para se impor em casa. Coisa que não víamos há muito tempo, nem com o Ney Franco, nem com o Joel. E o melhor é que o resultado foi conseqüência direta da postura do time; com um Jaílton, um Kleberson no meio, provavelmente venceríamos, mas de 1 x 0, ou 2 x 1...

Não temos um timaço, o nosso adversário era muito fraco e continuamos ressabiados e fugindo do oba-oba. Mas ao menos podemos começar a pensar em ter um time que jogue para frente, ganhe bem no Maraca e conquiste respeito para jogar fora. Só espero que não tenhamos um novo surto defensivista.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jônatas (Kleberson), Toró (Obina), Ibson e Marcinho; Maxi Biancucchi (Éder) e Souza. Técnico: Caio Júnior
Figueirense: Wilson, Bruno Aguiar, Vinícius e Asprilla; Léo Matos (Anderson Luís), Magal, Diogo (Ramon), Cleiton Xavier, Marquinho e Rodrigo Fabri (Edu Sales); Wellington Amorim Técnico: Guilherme Macuglia
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden
Auxiliares: Paulo Ricardo Silva Conceição e Marcelo Bertanha Barison
Cartões amarelos: Juan e Marcinho (Flamengo); Léo Matos e Vinícius (Figueirense)Gols: Marcinho, aos 2 minutos, Souza, aos 36, Marcinho, aos 39 e aos 44 minutos do primeiro tempo; Souza, aos 42 minutos do segundo tempo

sexta-feira, 6 de junho de 2008

FLAMENGO 1 X 0 FLUMINENSE

Nunca a expressão "fazer o mínimo" foi tão bem aplicada. Há algo mais mínimo do que vencer os reservas do pó-de-arroz, com um golzinho de pênalti aos quarenta e dois do segundo tempo? No final, esses três pontinhos valerão tanto quanto uma vitória de goleado ou uma virada histórica a cinco minutos do fim. Portanto, enxergando pragmaticamente, o mínimo serviu para a manutenção do time na ponta da tabela e garantir uma presencinha maior da torcida no próximo jogo. É só, mas por enquanto é bastante.

Claro que não dá para entusiasmar ainda. Mas, diabos, se todo mundo o tempo todo aprende alguma coisa na vida, porque o Flamengo não poderia fazê-lo? Refiro-me a aprender a disputar campeonato de pontos corridos. Ano passado tivemos uma amostra do que poderíamos fazer se entrássemos na brigar desde cedo. Se começarmos direitinho (o começo está em curso), dá para tirar um belo proveito. Se o time vai bem, a torcida pira, enche a casa sempre. E ajuda empurrando o time. E o dinheiro entra com a arrecadação de bilheteria. É possível um time ser campeão sem que sua torcida se empolgue a ponto de lotar os estádios desde o início. Com o Mengão, isso é impensável. Não há clube que possa se beneficiar mais da conquista do campeonato brasileiro de pontos corridos do
que o Flamengo. Portanto...

No cenário atual, não dá para apontar um favoritaço no Brasileirão. Tem uma brecha, uma vaga pedindo para ser ocupada. Os últimos campeonatos foram vencidos pela força da estrutura do São Paulo, pelo Luxemburgo ou pela máfia rússsia. A máfia se foi, o São Paulo parece viver um momento de transição. O Luxemburgo ainda pode incomodar, mas não tem na mão uma equipe que assuste. Além dele, o Cruzeiro parece mais suscetível que a nossa equipe a um desmonte promovido pelos empresários e clubes europeus no meio do ano, o Inter está acéfalo, o pó-de-arroz terá o ano consumido pela Libertadores para o bem ou para o mal (torçamos para o mal!).

Enfim, o cenário é o mais favorável desde o início da era de pontos corridos. E, definitivamente, está mais do que na hora.

Fluminense: Fernando Henrique, Anderson, Sandro e Roger; Carlinhos, Fabinho, Romeu, Maurício (Alan), David (Marinho) e Dieguinho; Dodô.Técnico: Renato Gaúcho.
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jônatas (Renato Augusto), Cristian, Toró e Marcinho (Maxi Biancucchi); Diego Tardelli e Souza (Obina).Técnico: Caio Júnior.
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Ricardo Maurício Ferreira de Almeida
Cartões amarelos: Leonardo Moura, Marcinho, Souza e Toró (FLA); Dodô, Sandro, Maurício, Anderson, Fabinho e Fernando Henrique (FLU)
Cartão vermelho: Diego Tardelli
Gol: Leonardo Moura, aos 42 minutos do segundo tempo

domingo, 25 de maio de 2008

FLAMENGO 2 X 1 INTERNACIONAL-RS

A qualidade do jogo em si não foi animadora. Mas o resultado foi bom, muito bom. Principalmente pela novidade: já havíamos nos acostumado com um Flamengo meio fora de sintonia diante da importância de se marcar pontos em casa no início de um Brasileiro de pontos corridos. Ficou essa impressão do jogo contra o Grêmio e o primeiro tempo contra o Inter reforçou o temor de que iríamos mesmo fazer figuração por mais um ano na mais importante competição nacional. Não sou tão volúvel a ponto de acreditar que a impressão está totalmente apagada, mas pelo menos o resultado serviu como uma pequena demonstração de força, um primeiro passo para reconquistar a confiança da torcida. Em um campeonato que não demonstra contar com nenhum favorito para disparar na liderança, ainda que o Cruzeiro tenha vencido seus três primeiros jogos, uma seqüência de quatro partidas em casa, contando com o apoio maciço da torcida pode ser a oportunidade para pular na frente. Assim, é inegável que a vitória sobre o Inter foi um excelente começo da série.


Depois do sete de maio, nós flamenguistas estamos meio receosos no quesito confiança. Medo de exagerar na dose. Mas com um pouquinho de senso de oportunidade, podemos aproveitar o momento para mandar bem na competição. Pegamos um Inter com desfalques e ainda sofrendo os efeitos da eliminação na Copa do Brasil. O Santos estava envolvido com a Libertadores quando nos enfrentou, assim como estará o Fluminense. Quinze dias depois, o São Paulo, time que ainda não se achou no Brasileiro, será nosso adversário em casa. A rigor, jogo complicado nos domínios adversários neste primeiro turno, só contra o Palmeiras. O grande risco nesta história toda é ter uma debandada geral no meio do ano em função da abertura para negociações com o exterior. Porque se tiver que sair alguém, duvido que seja o Kleberson, ou o Jaílton, o Toró...


É claro que ainda precisamos melhorar o time. O do primeiro tempo foi sofrível. O Jaílton esteve pior do que o costume e, considerando os três pontos no final, talvez devamos agradecer aos céus pela sua noite inspirada, que pode assegurar o banimento do volante da equipe principal. Gostei mesmo foi de ouvir o Caio Jr. ao final dizendo que pretende dar mais qualidade ao meio-de-campo. Tomara, tomara!

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Jônatas), Cristian, Toró e Marcinho (Renato Augusto); Diego Tardelli e Souza (Obina). Técnico: Caio Júnior
Internacional: Renan, Jonas, Índio, Sidnei e Marcão (Gil); Danny Morais (Adriano), Ji-Paraná (Andrezinho), Ramon e Alex; Fernandão e Nilmar. Técnico: Abel Braga
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Evandro Rogério Roman
Auxiliares: Roberto Braatz e José Amilton Pontarolo
Cartões amarelos: Juan, Fábio Luciano, Cristian e Jônatas (Flamengo). Marcão e Jonas (Internacional).
Gols: Nilmar, aos 33 minutos do primeiro tempo. Marcinho, aos 5 minutos; e Souza, aos 9 minutos do segundo tempo.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

GRÊMIO 0 X 0 FLAMENGO

Será que estou exagerando? Vi uma porção de gente satisfeita com o empate com o Grêmio no último domingo. Técnico, jogadores, dirigentes. Imprensa. Será que estou sendo precipitado? Porque para mim o empate foi desanimador.

O São Paulo fez setenta e sete pontos no último Brasileirão. Se empatasse todos os jogos fora e ganhasse todos em casa, conquistaria setenta e seis. O que leva um time a achar que na segunda rodada do campeonato um empate fora é bom resultado? Para mim, a resposta é ambição miúda.

Estou meio de saco cheio com o clima de passar-mão-na-cabeça que impera no Flamengo. Agora nenhum jogador é barrado: sente um lesão misteriosa e dá o lugar para um companheiro da reserva. Mentirinhas para preservar o atleta. Enquanto isso, o time vai fazendo experiências com o elenco em pleno mês de maio e as decisões mais duras vão sendo adiadas para o futuro. E aí talvez o futuro seja muito tarde. A primeira coisa que eu esperava do treinador novo do Flamengo é que escalasse bem. E a segunda, que tivesse personalidade. Esta última me parece prejudicada, pois o sujeito faz o estilo bom-moço demais.

Por que o empate com o Grêmio, repito, na segunda rodada!, pode ser considerado um bom resultado? Levando em conta que o time gaúcho está longe de ser candidato ao título, a única conclusão que eu chego é que o Flamengo não quer ver seu nome na cédula. Mas talvez eu esteja ansioso demais.

Grêmio: Victor; Paulo Sérgio, Léo, Pereira e Hélder; Réver, Eduardo Costa, Rafael Carioca e Roger (Jonas); Soares (Rodrigo Mendes) e Perea (Makelele) Técnico: Celso Roth
Flamengo: Bruno; Fábio Luciano, Jaílton e Ronaldo Angelim; Leonardo Moura, Toró, Kléberson (Renato Augusto), Ibson e Juan; Diego Tardelli (Cristian) e Marcinho (Maxi Biancucchi) Técnico: Caio Júnior
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Árbitro: Wilson Luiz Seneme
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Giovani Cesar Canzian
Cartões amarelos: Fábio Luciano, Bruno (Flamengo); Léo, Réver, Hélder (Grêmio)

sábado, 17 de maio de 2008

COMEÇAR DE NOVO

Quase um mês sem atualização do blog. A resenha esteve em silêncio durante a série de acontecimentos das últimas semanas rubro-negras. Tivemos gol de falta do Bruno, atuação empolgante no México, duas vitórias sobre o Botafogo, a segunda um chocolate que valeu o título, esperança renovada de uma bela campanha na Libertadores, a tragédia de 07 de maio. A maior porrada da nossa história. Acabei não conseguindo atualizar os textos em tempo hábil, pois a gangorra de emoções modificava o olhar sobre o jogo anterior, os efeitos das partidas no ânimo eram retraduzidos a partir do que ocorresse em seguida. Isso acontece no futebol, e nunca foi tão verdadeiro como no 07 de maio.

Ao meu ver, tudo perdeu sentido após aquele jogo. Não só o título estadual e a primeira fase da Libertadores, mas também todo o ano passado. A estatística vai informar que temos 30 títulos estaduais, que em 2008 atingimos na contagem de taças da peleja doméstica o Fluminense, clube que possuía a vantagem de largar bem na frente. Na prática, pouco importa. Alcançar os esquisitos coloridos era só questão de tempo, assim como será ultrapassá-los. Queríamos a América. Assim, também foram em vão os nossos esforços na brilhante arrancada do ano passado para nos classificarmos na Libertadores, inspirados na bela e amarga vitória nas oitavas da última edição da competição continental, na qual nos faltou apenas um gol para manter o sonho aceso. Lutamos muito para ao fim protagonizarmos um fiasco.

Foi um baque. Se hoje estou reagindo melhor, é um pouco em função da postura de nossos rivais mais diretos. Botafoguenses e vascaínos, em gesto absolutamente patético, festejaram e agradeceram aos céus pela vitória dos mexicanos, extrapolando os limites da mera felicidade com a desgraça do adversário tradicional, como se sentindo vingados (?) pelas constantes pancadas que vêm recebendo do Mengão. Já os tricolores foram mais comedidos, receosos, considerando que ainda disputam a mesma competição da qual fomos eliminados. Igualmente medíocre. Chego à conclusão que precisamos enxergar os erros, mas remoer internamente a nossa tristeza, mantendo a nossa marra, que para o torcedor nunca foi malefício, para não correr o risco de nos entregarmos a miudezas como é do feitio de nossos rivais.

E assim, nós torcedores começamos o Brasileiro, ainda sob o signo da derrota vergonhosa, buscando juntar os cacos. O time teve uma primeira vitória contra um Santos de reservas no Maraca vazio, ainda pouco para nos convencer. As lições que o Flamengo precisa tirar da tragédia são muitas, e eu, como bom torcedor ansioso, já me preocupo com os sinais de que isto não está acontecendo. Em primeiro lugar, me preocupa a condenscendência geral. A diretoria, principal responsável pelo clima de oba-oba, não tem autoridade para cobrar os jogadores pelas conseqüências daquele desastre, ainda mais com salários atrasados. Assim, qualquer processo de avaliação da efetividade de alguns dos atletas que vinham jogando ficou em suspenso, para não parecer caça às bruxas. Ou seja, jogadores que sucessivamente vinham demonstrando que não mereciam vaga no time titular por incapacidade de resposta ganharam uma sobrevida, como é o caso de Kleberson, Jaílton e Leonardo. Foram premiados pelo fiasco. Para completar o quadro, temos um técnico que não demonstra ter personalidade, e adota a política de fazer média e de dar valor ao trabalho que vinha sendo feito. Um dos piores efeitos da derrota contra o América do México foi que esta, por ter sido tão bizarra, mascarou o fato de que havia, sim, algo errado no trabalho que vinha sendo desenvolvido!

Enfim, meus sentimentos podem ser apenas efeito da neurose de torcedor, talvez eu esteja sendo precipitado. Mas avalio que para recuperar o nosso ano ainda nesta temporada, só ganhando o Brasileiro. E para isso, não confio no Tiozão, nem na diretoria. O diabo é que elenco nós até temos para isso...

Em breve, as fichas dos últimos jogos atualizadas neste espaço.

terça-feira, 22 de abril de 2008

FLAMENGO 0 X 3 BOTAFOGO

Mais uma vez escrevo a resenha com um atraso absurdo, quando tudo o que pensei ou senti a respeito do jogo já não tem a menor importância, principalmente após os últimos acontecimentos. O problema é que quando tomamos uma porrada o meu ânimo para escrever fica menor. Preciso ser menos irregular que o time do Flamengo.

Vou ser direto: é um desalento ver a nossa equipe perder de forma tão inexorável, principalmente após uma boa partida. Perder feio, sem demonstrar o mínimo interesse na reação, como que desisitindo da jornada ao menor sinal de dificuldade. Não foi o fim do mundo, mantive a marra diante dos do arco-íris, mas incomodou. Pelo menos, de agora em diante temos tudo para mudar...

Botafogo: Castillo, Alessandro (Túlio Souza), Renato Silva, André Luís e Triguinho; Túlio, Diguinho, Lúcio Flávio (Fábio) e Zé Carlos; Jorge Henrique e Wellington Paulista (Leandro Guerreiro).Técnico: Cuca Flamengo:Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Kléberson, Cristian (Obina), Ibson e Toró; Renato Augusto (Diego Tardelli) e Souza (Marcinho). Técnico: Joel Santana
Local: Maracanã
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez
Auxiliares: Wagner de Almeida Santos e Jackson Lourenço Massara dos Santos
Cartões amarelos: Jorge Henrique, Lúcio Flávio e Triguinho (Botafogo). Toró, Ibson, Leonardo Moura e Renato Augusto (Flamengo).
Gols: Wellington Paulista, aos 39 minutos do primeiro tempo. Alessandro, aos 15 minutos; e Lúcio Flávio, aos 27 minutos do segundo tempo.

domingo, 13 de abril de 2008

CIENCIANO 0 X 3 FLAMENGO

Eu pensando que tínhamos achado o time e o Joel me vem com uma história de chamar a tropa de elite. O que resultaria na subsitituição de Marcinho, que vinha metendo gols (seis nos últimos cinco jogos) pela mula do Jailton. Além de ser ruim do ponto de vista tático, do técnico então nem se fala, pois o Jailton é ruim demais. Não tinha a menor expectativa de ver uma vitória...
O Jailton não entrou, mas o Joel manteve a cautela e escalou o Kleberson, sem Marcinho e com o Renato Augusto no ataque. Não acho o Marcinho craque, mas o Renato Augusto não gosta de jogar na frente e com essa formação o time fica sem equilíbrio, etc, etc, etc. O primeiro tempo foi triste, me deixou ainda mais preocupado.

E o que aconteceu no segundo? Parecia que o Flamengo é que era o time acostumado a jogar nas alturas. Tomou conta do jogo, com ações em velocidade, grandes atuações de Juan, Ibson e Souza. O time sobrou!

Ainda sou contra esta escalação, mas não deu para não ficar empolgado. A equipe demonstrou uma autoridade que nos cabe, temos que ir na casa desses times e sapecar mesmo, afinal o que representa o futebol peruano? A torcida de lá aplaudiu a atuação rubro-negra, como se fazia para reverenciar os craques no passado que visitavam outros países desfilando o futebol do Brasil. Agora fudeu, já estou pensando em ganhar o Estadual por antecipação, em conquistar a América e no Angelim anulando o Crisitiano Ronaldo em Yokohama!!

Cienciano: Flores, Guizasola, Marengo, Solís e Romana; Ortiz, Bazalar, Uribe (Guevara) e Portillo (Corrales); Sawa e Vassallo.Técnico: Franco Navarro
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fabio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson, Toró e Ibson (Jaílton); Renato Augusto (Marcinho) e Souza (Obina).Técnico: Joel Santana.
Local: Inca Garcilaso de la Vega, Cusco (Peru)
Árbitro: Sergio Pezzotta
Auxiliares: Juan Pablo Pompei e Sergio Cagni
Cartões amarelos: Bazalar, Ortiz, Vassallo e Marengo (Cienciano-PER). Toró, Juan e Fábio Luciano (Flamengo).
Cartão vermelho: Bazalar, aos 17 minutos do segundo tempo (Cienciano-PER).
Gols: Renato Augusto, aos 8 minutos; Toró, aos 32 minutos; e Juan, aos 48 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO 2 X 2 VASCO

Terceiro clássico disputado com time reserva. O que iriam arrumar os nossos suplentes? Começaram sapecando dois a zero em menos de 15 minutos. O Vasco tinha muito a perder, já vinha sendo apontado como o mais fraco dos grandes. Mas na medida em que o jogo do Fluminense avançava e o Madureira ia fazendo um papelão, o nosso resultado pouco importava, pois não garantiríamos o primeiro lugar. E o bacalhau acabou reagindo para evitar o vexame. Os minutos finais foram transmitidos ao vivo na televisão. Quando vi o Paulo Sérgio, aquela codorna, em campo comandando o ataque, percebi que era querer demais uma vitoriazinha para sacanear os vascaínos.

Vasco: Tiago, Luizão, Eduardo Luiz e Jorge Luiz; Wagner Diniz, Jonílson (Souza), Leandro Bomfim, Edmundo e Calisto (Alex Teixeira); Jean (Edu) e Alan Kardec. Técnico: Antônio Lopes
Flamengo: Marcelo Lomba, Luizinho, Thiago Sales, Rodrigo Arroz e Egídio; Jaílton, Aírton (Vinícius Pacheco), Kléberson e Marcinho; Maxi Biancucchi (Éder) e Diego Tardelli (Paulo Sérgio). Técnico:Joel Santana
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Wagner dos Santos Rosa
Auxiliares: Marcos Antonio Bastos Júnior e Alexandre Eller
Cartões amarelos: Jorge Luiz e Jonilson (VAS); Diego Tardelli, Luizinho, Airton e Marcinho (FLA)
Gols: Marcinho, aos 10 minutos e Rodrigo Arroz, aos 12 minutos do primeiro tempo. Alan Kardec, aos 22 minutos e Jorge Luiz, aos 39 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO 0 X 0 MADUREIRA

Conta do chá total: o pontinho que precisávamos para ir às finais da Taça Rio. Nem vi o jogo, mas sei que foi bem ruim. A mudança em relação à equipe que vinha jogando foi a entrada do Maxi no lugar do Souza. Eu gosto do Maxi, acho que ele começou no Flamengo com boas atuações, não esteve bem depois de sofrer uma contusão e não teve muitas oportunidades daí em diante. Nesse jogo por exemplo, ainda que estivesse quase todo o time titular, ele jogou no lugar do Souza, justamente quem deveria ser seu companheiro na frente. E com o time meio sonolento e sem torcida para testemunhar, sua participação pouco poderia influir no seu aproveitamento em jogos futuros. Quando importa realmente, o Joel não o coloca nem como opção para o segundo tempo. Com tanta gente tendo seguidas oportunidades, acho injusto com o baixinho. Não o considero craque, mas pelas suas características ele deveria ser mais aproveitado.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson, Ibson (Toró) e Renato Augusto (Diego Tardelli); Marcinho e Maxi Biancucchi (Obina):Técnico: Joel Santana
Madureira: Renan, Paulo César, Marcílio e Jordan; Thiago (China), Douglas, Wagner, Amaral (Júnior Negão) e Everton; Nilson e Chrys (Doriva) Técnico: Carlos Tozzi
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: José Alexandre Barbosa Lima
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Ediney Guerreiro Mascarenhas
Cartões amarelos: Marcinho (Flamengo) ; Everton, Nilson e Wagner (Madureira)

FLAMENGO 4 X 1 FRIBURGUENSE

Neste jogo, cheguei a conclusão de que tínhamos achado um time. Os nomes para as camisas de 1 à 11. Não um time confiável, basta pensar numa certa equilibrada do Friburguense em dado momento da partida, mas um time. Com equilíbrio, sem aquela sensação de que a formação é uma teimosia maluca que só cabe na cabeça do técnico. Renato Augusto no meio, Souza e Marcinho no ataque. Nada de fantástico, mas pelo menos o melhor que se pode arrumar no elenco do Flamengo, com os caras na posição certa. E sem Jaílton! Desliguei a tevê com a convicção de que esse era o time para o qual iríamos torcer daí para frente...

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Ibson (Jônatas), Toró e Renato Augusto (Diego Tardelli); Marcinho e Souza (Obina).Técnico: Joel Santana
Friburguense: Adriano, Everton, Cadão, Felipe Marques e Gilson; Elan, Cassiano, Victor Hugo (Diego) e Carlos Alberto (Guido); Alex (Ziquinha) e Léo Andrade. Técnico: Cleimar Rocha
Local: Maracanã, Rio de Janeiro/RJ
Árbitro: Simone Xavier de Paula e Silva
Auxiliares: Fernanda Lisboa da Silva (RJ) e Lilian da Silva Fernandes Bruno
Cartões amarelos: Cristian (Flamengo). Felipe Marques e Elan (Friburguense).
Gols: Marcinho, aos 18 minutos; e Renato Augusto, aos 20 minutos do primeiro tempo. Léo Andrade, aos 10 minutos; Leonardo Moura, aos 29 minutos; e Marcinho, aos 33 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO 2 X 0 CABOFRIENSE

Nessa partida aconteceu algo que há muito não rolava: como não estava no Rio, não acompanhei o noticiário e não soube a data do jogo. Depois que a partida acabou, vi no jornal os gols do Flamengo. Soube pouca coisa a respeito da peleja. Que o Juan jogou bem. Que o gol do Souza foi irregular. E que o artilheiro improvável, Marcinho, deixou de novo a sua marca.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Leonardo, Thiago Sales e Juan; Cristian, Ibson, Kléberson (Toró) e Renato Augusto (Diego Tardelli); Marcinho e Souza (Maxi Biancucchi). Técnico: Joel Santana
Cabofriense: Flávio, Ênio, Douglas Assis (Wesley) e Leandro Amaro; Julinho, Marcão, Marcos Marins, Têti (Charles) e Vanderson (Gerson); Fabinho e Lucas Chiaretti.Técnico: Aílton Ferraz
Local: Maracanã, Rio de Janeiro/RJ
Árbitro: Adriano Pereira Machado
Auxiliares: Alexandre Eller e Carlos Eduardo Teixeira Soares de Meirelles
Cartões amarelos: Kléberson e Toró (Flamengo). Julinho, Marcão e Lucas Chiaretti (Cabofriense).
Gols: Souza, aos 7 minutos; e Marcinho, aos 30 minutos do primeiro tempo.

sábado, 29 de março de 2008

FLAMENGO 2 X 0 NACIONAL - URU

Estou escrevendo no domingo do Fla x Bota pela semifinal da Taça Rio, horas antes da partida. Estou com seis resenhas atrasadas. Os motivos para o atraso: além de alguns problemas no computador e uma viagem entre os jogos do Flamengo, um certo desânimo com o Estadual sem graça. Duas coisas, essencialmente, levam o torcedor para o estádio. Uma delas é o apelo do jogo, a importância de um bom resultado, o desafio em si. Mesquitas, Duques de Caxias e Cabofrienses não oferecem isso. A outra é a presença do craque. Se tem um craque para se ver jogar, a torcida busca ser testemunha de uma jogada genial, de lances para antologia, da diversão que só o jogador fora de série pode proporcionar. No Fla, não temos isso há tempos. No meu entendimento, essas duas condicionantes valem para todas as torcidas. A diferença em relação ao Flamengo é que a torcida pede pouco. Dar importância às partidas e aos jogadores é coisa que nós fazemos com facilidade, porque valorizamos demais o prazer de ver o Mengão jogar. Basta o regulamento das competições e a diretoria fazerem sua parte para a galera comparecer e se interessar. Não é o caso nesse Estadual esdrúxulo com ingressos na faixa de 40 reais.

Mas eu não me desliguei do Flamengo, óbvio. Tem Libertadores também. A seqüência de textos de baixo pra cima que se inicia com esse não será fiel aos sentimentos que surgiram ao longo destas semanas, mas vou tentar resgatar no resumo o que foram os jogos para mim. começando pelo Fla e Nacional.

Este eu vi fora do Rio. Só me lembrei de ver a tabela da Libertadores após ter marcado a viagem. Já era. Corri para descolar uma televisão. A vitória foi um alento, mas é impressionante a pouca capacidade do time de marcar gols. Àquela altura, o saldo de gols importava muito. Terminou só dois a zero, valeram os três pontos. Se o Souza não faz, Marcinho garante na estrela!

Flamengo: Bruno, Luizinho, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson, Ibson e Marcinho (Maxi Biancucchi); Renato Augusto e Souza (Obina). Técnico: Joel Santana
Nacional - URU: Viera, Acosta, Victorino, Barone e Romero; Cardaccio, Óscar Morales, Arismendi e Bertolo (Ligüera); Richard Morales e Fornaroli (Vera). Técnico: Gerardo Pelusso
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Carlos Amarilla
Auxiliares: Antonio Arias e Nicolas Yegros
Cartões amarelos: Souza (Flamengo). Arismendi, Fornaroli e Romero (Nacional-URU). Gols: Marcinho, aos 25 minutos do primeiro tempo. Marcinho, aos 20 minutos do segundo tempo.

segunda-feira, 17 de março de 2008

FLAMENGO 2 X 3 BOTAFOGO

Tá bom, a última frase do texto anterior já é uma invasão ao tema do jogo de domingo. Mas o fato é que se é para poupar jogador, se o jogo vale o risco, porque não escalar um time mais ofensivo? Para que o pesadelo Jailton-Gavillan-Toró? O Maxi vai bem em uma partida. Não vai tão bem na seguinte. É imediatamente sacado do time de reservas escalado para o final de semana! E o Jaílton? O que ele precisa fazer mais para ser banido da Gávea? O que mais me irritou no jogo de ontem foi que o destempero dos nossos jogadores serviu para mascarar a péssima atuação em função do esquema equivocado do Joel. Poderíamos empatar se os manés desequilibrados não fossem expulsos, mas o fato é que tomamos três gols porque jogamos mal. Aliás, o Flamengo é o único time que não faz uma graça quando escala time reserva. Jogamos fora quatro anos de zoação!
***
Uma notícia fez o fim-de-semana rubro-negro começar bem triste. Soube pelo André do falecimento do Tubbs. Não sabia muito sobre ele. Não sei qual o seu primeiro nome, se Tubbs é apelido ou sobrenome. Nos vimos uma única vez em um jogo do Flamengo no Maraca e nos falamos outras poucas pelo telefone, sempre sobre o time do coração. O suficiente para simpatizar de cara com a figura, naquela identificação que só a mesma paixão pelo rubro-negro pode provocar. Sei que ele não gostava do Jailton e, como todos nós, lembrava com saudades da era Zico. Sei que fará muita falta ao meu amigo André e aos camaradas que acompanhavam com ele os jogos na plataforma. Não serve de consolo para ninguém, mas só a peneira do tempo é capaz de reduzir a tristeza da falta, até deixar os efeitos das boas lembranças ocuparem devidamente seu espaço. Eis aí mais uma função para as vitórias vindouras do Flamengo: preservar a memória de um flamenguista apaixonado como o Tubbs.
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Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Leonardo, Thiago Sales e Egídio; Gavilán (Léo Medeiros), Jaílton (Marcinho), Jônatas e Toró; Renato Augusto (Maxi Biancucchi) e Obina. Técnico: Joel Santana
Botafogo: Castillo, Alessandro, André Luís, Renato Silva e Triguinho (Adriano Felício); Diguinho, Túlio (Eduardo), Lúcio Flávio e Zé Carlos (Welington Júnior); Jorge Henrique e Wellington Paulista.Técnico: Cuca
Local: Maracanã, Rio de Janeiro/RJ
Árbitro: Marcelo de Souza Pinto
Auxiliares: Beival do Nascimento Souza e Vilmar Raul
Cartões amarelos: Jaílton e Jônatas (Flamengo), Triguinho, Jorge Henrique, Túlio e André Luís (Botafogo)Cartões vermelhos: Jônatas, aos 42, e Obina, aos 45 minutos do segundo tempo.
Gols: Wellington Paulista, aos 22, Leonardo Moura, aos 38, Zé Carlos, aos 46 do primeiro tempo; Jorge Henrique, aos 7, Thiago Sales, aos 23 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO 2 X 0 MESQUITA

Ao escrever sobre este jogo forço um pouco para lembrar o que aconteceu. Não vi a partida. Peguei uns lances na internet. Na verdade tá rolando um desinteresse. Seria a classificação antecipada para a final? A certeza que com esses adversários estaremos na fase final da Taça Rio e os clássicos serão amistosos? Desânimo com a campanha na Libertadores? Acho que um pouco de tudo. Para terminar ouço o Joel dizer que o esquema de três atacantes (que não defendo) estava definitivamente abolido pelo mau desempenho na partida. Na boa, não fode! Quantas partidas ruins serão necessárias para despachar o esquema com quatro volantes?

Flamengo: Bruno, Luizinho (Gavilán), Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson e Ibson; Maxi Biancucchi (Renato Augusto), Diego Tardelli (Obina) e Souza. Técnico: Joel Santana
Mesquita: Diogo, Édson, Juan, Vágner e Felipinho (Dedeco); Léo, Dé, Índio e Fábio Costa (Bruno Suzano); Márcio Orelha (Bruno Carvalho) e Leandro Neto. Técnico: Mário Marques
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: André Luís Paes Ramos
Auxiliares: Antônio Marcos Lemos Machado e Lílian da Silva Fernandes Bruno
Cartões amarelos: Ronaldo Angelim (Flamengo). Léo (Mesquita).Gols: Souza, aos 13 minutos do primeiro tempo. Vágner (contra), aos 10 minutos do segundo tempo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

FLAMENGO 3 X 1 AMERICANO

Menos atrasado, mais resumido. Não dá para tirar muitas conclusões das partidas contra galinhas-mortas do Estadual. Alguns alentos daquela tarde de domingo: a vocação de artilheiro do Thiago Salles; A boa participação do Maxi; e principalmente, a volta do Renato Augusto. Pode ser ilusão de torcedor, mas confio na entrada deste jogador para dar mais equilíbrio à equipe do Flamengo.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura (Luizinho), Leonardo, Thiago Salles e Egídio; Jaílton (Renato Augusto), Gavilán, Jônatas e Toró; Marcinho (Souza) e Maxi Biancucchi. Técnico: Joel Santana
Americano: Wender, Ciro (Ricardo), Alex Mineiro e Anderson; Isaías (Silvan), Leandro Leite, Leandro Matera, Pirão e Ivan (Rondinelli); Bruninho e Jessé. Técnico: Valter Ferreira
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Leonardo Garcia Cavaleiro
Auxiliares: Jorge Luis Campos Roxo e Rodrigo Pereira Jóia
Cartões amarelos: Jônatas, Leonardo, Toró e Egídio (Flamengo); Isaías, Ciro e Leandro Matera (Americano) Gols: Thiago Salles, aos 20, Maxi Biancucchi, aos 22 do primeiro tempo; Jessé, aos 23 minutos, Thiago Salles, aos 32 minutos do segundo tempo

NACIONAL-URU 1 X 0 FLAMENGO

Atrasado e resumido: Houve um jogo até as expulsões. E nesse não fomos bem, não. Tínhamos mais posse de bola, mas pouquísima competência para arrumar espaços para criar as jogadas de gol. Então saímos atrás no placar. Quando levamos o gol, lembrei do jogo contra o Defensor no ano passado. O resultado seria o mesmo. Circunstâncias diferentes, mesma atitude do Mengão.

Deixou de ser um jogo de futebol após a segunda expulsão e virou um embate desigual de acentuado sofrimento. Só nos restou contemplar o espetáculo. A minha questão é: porque o Flamengo freqüentemente protagoniza eventos como aquele? Perder de três para um time como o Nacional é demais, é excessivo, é um exagero para uma equipe que pretende vencer uma Taça Libertadores. Perder dois jogadores daquela maneira também...

Nacional-URU: Viera, Acosta, Victorino, Barone e Romero; Cardaccio, Óscar Morales, Arismendi (Ligüera) e Bertolo; Richard Morales (Pereyra) e Fornaroli (Perrone).Técnico: Gerardo Pelusso
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson (Jaílton), Ibson e Toró; Diego Tardelli (Marcinho) e Souza (Jônatas). Técnico: Joel Santana
Local: Estádio Parque Central, Montevidéu (Uruguai)
Árbitro: Pablo Pozo
Auxiliares: Cristian Julio e Patrício Basualto
Cartões amarelos: Bertolo (Nacional-URU). Leonardo Moura, Ibson e Ronaldo Angelim (Flamengo). Cartões vermelhos: Toró, aos 42 minutos do primeiro tempo. Leonardo Moura, aos 5 minutos do segundo tempo (Flamengo).
Gols: Richard Morales, aos 40 minutos do primeiro tempo. Richard Morales, aos 21 minutos; e Fornaroli, aos 23 minutos do segundo tempo.

domingo, 2 de março de 2008

FLAMENGO 4 X 2 RESENDE

Essa é mais uma daquelas resenhas que se baseiam na informação do placar, em alguns lances acompanhados pelo rádio e nos gols assistidos pela internet após o fim do jogo. Quando ouvi na Globo que o Flamengo estava perdendo para o Resende, me preocupei com a postura que assumiríamos no segundo turno do Estadual. Não dá para pensar em não chegar à fase final da Taça Rio enfrentando estes adversários fracotes. E, uma vez lá, temos total condições de chegar à finalíssima do turno. Uma vitória nos permite dedicação exclusiva à reta final da Libertadores. Uma derrota não seria o fim do mundo, pois teríamos uma decisão com sabor de revanche. De preferência contra o Vasco, que já sabe direitinho como se comportar.

O começo foi só um susto. Muito bem-vinda, a vitória nos coloca na liderença do grupo A. A minha impressão a partir das referências citadas na primeira frase do texto, é a de que o Tardelli e o Kleberson, únicos potenciais titulares da linha em campo hoje, foram os destaques da vitória. Se foram mesmo, é excelente notícia, pois jogam em duas posições nas quais estamos precisando mesmo de arrumação. Eu não levava fé em nenhum dos dois, mas começo a rever os meus conceitos. O Tardelli principalmente vem mostrando personalidade, requisito importantíssimo para alguém dar certo no Mengão. Se ele se firmar empurra o Renato Augusto para o meio-campo, quando este tiver condições de jogo. Se isso acontecer, juro que paro de reclamar.

Flamengo: Bruno, Luizinho, Leonardo, Thiago Sales e Egídio; Jaílton (Gavilán), Jônatas (Maxi Biancucchi), Kléberson e Marcinho (Cristian); Diego Tardelli e Obina. Técnico: Joel Santana
Resende: Márcio, Valdir, Márcio Costa, Leandro e Vinícius; Beto, Márcio Gomes (Fábio Azevedo), Bruno Reis (Bela) e Léo; Alexsandro (Jack Jones) e Tony Carvalho. Técnico: Antônio Carlos Roy
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Leandro Noel Laranja
Auxiliares: Ricardo Ferreira de Almeida e Luiz Antônio de Oliveira
Cartões amarelos: Jaílton, Kléberson, Jônatas, Egídio e Gavilán (Flamengo). Beto, Alexsandro, Bruno Reis, Valdir e Jack Jones (Resende).
Gols: Alexsandro, aos 9 minutos; Léo, aos 21 minutos; e Thiago Sales, aos 27 minutos do primeiro tempo. Obina, aos 14 minutos; Diego Tardelli, aos 18 minutos; e Diego Tardelli, aos 45 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO 2 X 1 CIENCIANO

Demos mole. Nos descuidamos e quase complicamos nossa vida. Desta vez o uso da terceira pessoal do plural não é figura de linguagem. Nós, eu e o time, demos mole. Nos esforçamos tanto para ver o Flamengo na Libertadores e na hora da estréia em casa não demos tanta bola assim para a competição. No meu caso, na condição de torcedor, fiz a opção de assistir a partida pela tevê. Eu e mais umas quarenta mil pessoas, que deveriam estar lá e não estavam. Sem dúvida a nossa ausência foi conseqüência da dor que dois finais de semana seguidos de jogos decisivos com ingressos a quarenta reais provoca no bolso, mas também rolou um relaxamento após a sensação de dever cumprido com a conquista da Taça Guanabara. Aí é que tá. Nem de longe o jogo de domingo era mais importante que a estréia nos nossos domínios na competição sul-americana. Ainda exstasiados com a vitória na peleja doméstica, os torcedores não fizeram a sua parte em transmitir aos jogadores a gravidade e a solenidade daquela partida e, ainda que não tenha jogado mal, o time não demonstrou a mesma pegada de outras partidas importantes recentemente disputadas no Maraca. Felizmente, o golzinho salvador saiu no fim.

Felizmente mesmo, pois um empate ou uma derrota iriam promover uma injustiça e colocar em risco uma opção de armação de time que me parece bem adequada. A injustiça seria o Bruno sair de campo como vilão do jogo, pois saiu mal no lance do gol dos uruguaios, logo ele que tem tanto crédito. O risco era o time que entrou bem certinho e equilibrado ser limado logo no seu primeiro teste. A boa novidade que saiu da cabeça do Joel foi a barração do Jailton para entrada do Crisitian. Confesso que não acreditava que ele botaria alguém que não fosse volante-volante para jogar por ali. Kleberson, Ibson e Toró acabaram articulando uma boa movimentação no meio-do-campo, até o ritmo diminuir no final do jogo. Como o Natalino tem estrela, botou o Jonatas no finalzinho para dar o passe que resultou em gol. Mas uma vitória por 2 x 1, nosso placar favorito. Para Libertadores precisamos de mais, mas já é um ponto, ou melhor, três, de partida.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Kléberson (Jônatas), Cristian, Ibson e Toró (Obina); Diego Tardelli (Marcinho) e Souza. Técnico: Joel Santana
Cienciano: Flores, Solís, Marengo e Romaña; Bazalar, Guizasola, Ortiz, García (Olcese) e Chiroque; Sawa (Corcuera) e Vassallo.Técnico: Franco Navarro.
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Ricardo Grance (Paraguai)
Auxiliares: Carlos Galeano (Paraguai) e Óscar Viera (Paraguai)
Cartões amarelos: Juan (Flamengo). Romaña, Flores e Garcia (Cienciano-PER).
Gols: Souza, aos 37 minutos; e Vassallo, aos 45 minutos do primeiro tempo. Marcinho, aos 43 minutos do segundo tempo.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

FLAMENGO 2 X 1 BOTAFOGO

Ninguém acreditou na minha modéstia. E ela era falsa mesmo! Durante a semana, para todos que comentavam sobre o jogo, eu dizia que o favorito era o Botafogo. Um botafoguense próximo, poucas horas antes do jogo, respondeu à declaração sem esconder a revolta: "É, né? Tá debochando...". Não era exatamente deboche, mas eu de fato mentia. Um torcedor do Flamengo nunca, nunca acredita que vai perder uma decisão contra um rival doméstico. Quando o pênalti caiu do céu junto com a chuva que paradoxalmente contribuiu para incendiar o jogo, eu já sabia o que o desfecho daquilo nos seria favorável. Só não imaginava que a cereja do bolo seria o golão do Tardelli.

Nossa soberba nos torna o grupo de torcedores mais odiado do Brasil. Assim nasceu o arco-íris, o nosso oposto, que é a união das outras torcidas dos chamados grandes. O que acho curioso é o fato de incomodarmos tanto. Na boa, pelo menos não somos hipócritas. Foi dito uma vez em um episódio de "A Comédia da Vida Privada" que todo torcedor deseja, no fundo, no fundo, que o mundo descubra que o seu time é o maior de todos. Em última análise, todos desejam a hegemonia, a magnitude, e todas essas palavras de cunho megalômano. Dentro de limites razoáveis estabelecidos pelo bom senso e pela inteligência, espezinhar o adversário é a expressão de uma instituição do mundo da bola. Nós, flamenguistas, fazemos isso o tempo todo, em qualquer situação, ganhando ou perdendo. Nos garantimos com o nosso time e não temos receio de botar pilha nos rivais. Há uma explicação para isso.

Minha tese, que me parece bem óbvia, é que dois fatores contribuíram e contribuem para o nosso comportamento: 1) Temos a maior torcida do Brasil e do mundo também (acabo de ler a confirmação); 2) A era Zico nos acostumou mal (ou bem, depende do enfoque). A paixão pelo futebol, fator cultural tão marcante no Brasil, tem uma expressão assustadora quando o assunto é Flamengo: de Norte a Sul do país é possível reunir legiões de rubro-negros enlouquecidos pelo Mais Querido. Basta observar o que acontece quando o time vai ao Nordeste. Aí na década de oitenta o clube forma um time magnífico, capitaneado por um ídolo imortal, que ganha títulos em todas as competições possíveis, jogando um futebol esplendoroso. Como não nos convencermos de que somos os maiores? De lá pra cá, outras grandes equipes rubro-negras se formaram, principalmente na rebarba daquela geração brilhante, mas se nenhum time do Flamengo então foi capaz de igualar aquele, nenhum outro no Brasil tampouco foi. O fato é que o sentimento de grandeza continuou no nosso imaginário e foi ele que, a despeito das trapalhadas das diretorias, nos permitiu impulsionar times modestos e/ou em situação difícil para beliscar um titulozinho aqui, outro acolá. Também foi este sentimento que nos impediu de cair para segundona em tempos de vacas muito magras. Enfim, nossa marra só nos faz bem.

Agora, vejam o Botafogo: qual o benefício de ser o time do sofrimento, da lamúria, da paranóia, do choro? Não costumo a ocupar este espaço falando de outros times, mas após os acontecimentos da decisão, depois daquela ceninha patética no vestiário deles, fiquei pensando nessas principais marcas de personalidade que associam às nossas torcidas. Fiquei feliz por estar do lado rubro-negro e tive pena da galera do canil. Talvez nós precisemos todos de terapia, mas prefiro ser maníaco a ser depressivo. Pelo menos eu acumulo mais alegrias nas tardes de domingo. Vinícius já cantou que é melhor ser alegre que ser triste.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Kleberson), Cristian, Ibson e Toró (Diego Tardelli); Marcinho (Obina) e Souza. Técnico: Joel Santana.
Botafogo: Castillo, Renato Silva, Ferrero e Eduardo (Edson); Alessandro (Fábio), Diguinho, Túlio, Adriano Felício (Jorge Henrique), Lúcio Flávio e Zé Carlos; Wellington Paulista. Técnico: Cuca.
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises e Edney Guerreiro Mascarenhas
Cartões Amarelos: Marcinho, Ibson e Diego Tardelli (Flamengo); Renato Silva, Ferrero, Lúcio Flávio e Diguinho (Botafogo).
Cartões Vermelhos: Souza (Flamengo); Zé Carlos e Lúcio Flávio (Botafogo).
Gols: Wellington Paulista, aos 27 minutos do primeiro tempo; Ibson, aos 18, e Diego Tardelli, aos 46, do segundo tempo.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

FLAMENGO 2 X 1 VASCO

Eu praticamente só tinha aquela opção, mas a escolha era arriscada. A logística para conseguir meu ingresso em qualquer outro ponto de venda seria muito complicada. No Maraca eu teria que dar a volta no estádio, sob um sol infernal, com possiblidade de não dispor de tempo necessário para concluir a missão. Com medo de que fossem vendidas todas as entradas antes de sábado, lá fui eu na quarta-feira para a sede do bacalhau no Centro. Se o Flamengo perdesse eu seria culpado: os ares daquela pocilga provavelmente teria carregado o ticket com uma bela carga de azar lusitano. Por outro lado, a empreitada poderia trazer um alento. Se o Mengão vencesse, eu ganharia o prazer de me aproveitar da precária estrutura vascaína para garantir a minha participação na festa.

E assim aconteceu. Considerando as últimas apresentações do Flamengo, o feito de hoje foi deveras merecedor do entusiasmo da torcida. Eu me lembro bem da última frase da postagem anterior, mas acredito que o Joel acertou nas escolhas que fez na partida desta tarde. O time se arrumou no segundo tempo e as substituições foram bem feitas. O meio-de-campo ainda é um calo, mas o treinador já dá sinal de que pode mexer nele com um pouco mais de inspiração. E dou o braço a torcer: Marcinho se saiu melhor que o Tardelli no ataque e deve ser mantido. A vantagem é que com ele em campo, há a opção de entrar mais um atacante na frente e o time ficar com uma estrutura mais equilibrada, como foi no jogo deste domingo.

Essa partida tinha duas funções: a) ser um passo na conquista da confiança da torcida no time, já que nos permite disputar a final da Taça Guanabara dias antes da estréia do time em casa na Libertadores. Se faturarmos nos dois compromissos, a empolgação da Nação aumentará e aí, já sabemos como é... b) a de sapecar um adversário tradicional. E nesse quesito o time da cruzinha é um capítulo à parte. Acontece uma coisa engraçada quando o bacalhau enfrenta o Mengão em jogos decisivos. É como uma síndrome, um transtorno emocional cascudo, os caras tremem mesmo, se encolhem. Time e torcida. Parece que dá para ver a cara deles lá de onde estamos na arquibancada. O silêncio imperou do lado de lá após o gol do Fábio Luciano. E a marcação do pênalti só proporcionou alguns minutos de tímida animação, logo abafada totalmente pela defesa do Bruno. E o que foi a cobrança do Edmundo se não um gesto amarelo? Um leitor do globo.com definiu bem ao comentar a reportagem sobre o jogo: o bacalhau nem vice consegue ser mais, agora é só semi-vice!!!

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Jônatas (Cristian), Ibson e Kleberson (Obina); Diego Tardelli (Marcinho) e Souza. Técnico: Joel Santana
Vasco: Tiago, Rodrigo Antônio, Vilson, Jorge Luiz e Calisto; Jonílson, Amaral (Andrade), Alex Teixeira (Xavier) e Morais; Edmundo e Alan Kardec (Abuda). Técnico: Alfredo Sampaio
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca
Auxiliares: Marco Aurélio dos Santos Pessanha e Orlando Hortêncio.
Cartões amarelos: Souza, Jônatas, Cristian e Obina (Flamengo); Morais, Edmundo e Rodrigo Antônio (Vasco)
Gols: Alan Kardec, aos 31, e Fábio Luciano, aos 41 minutos do primeiro tempo; Ronaldo Angelim, aos 34 do segundo tempo

sábado, 16 de fevereiro de 2008

CORONEL BOLOGNESI 0 X 0 FLAMENGO

Se o Flamengo atua daquela forma enfrentando o Coronel com nome de molho de macarronada, como se comportará quando for jogar fora contra River, Boca, Cruzeiro, São Paulo? Eis o principal problema do Flamengo: jogar fora. Desde o ano passado que o time tem dificuldades nas partidas na casa do adversário, sempre adotando uma postura cautelosa, sem achar espaço, sendo amplamente dominado. E o Joel andou dizendo no final do ano passado que o problema era o time não saber se defender foa de casa. Diagnóstico totalmente equivocado!

Escrevo sobre o assunto porque a última partida levantou uma suspeita sobre aonde o excesso de defensivismo pode nos levar. O esquema do Joel é 3-5-2. O volante (atualmente Jaílton) faz as vezes de um terceiro zagueiro, dando liberdade para os laterais atuarem na armação. Deu certo nos jogos em casa do ano passado, em um contexto altamente favorável de apoio da torcida, vibração e com a contribuição das dimensões do campo do Maracanã. Porém, nossas vitórias eram sempre apertadas, com exceção de alguns jogos contra times bem fracos, como Figueirense e Goiás. Na reta finalíssima, nossa goleada foi aquele dois a zero contra o Atlético-PR. Fora de casa, ficou na memória um 3 x 1 Cruzeiro, num jogo decisivo, no qual o Flamengo foi se defender e foi totalmente encurralado. O problema é que, na fase final da Libertadoes, se ganharmos de um a zero aqui e tomarmos uma porrada de 3 fora, adeus. Ou seja, a missão do Joel seria armar um time que se acostume a marcar muitos gols no Maracanã (barangas do Estadual não contam) e que ofereça algum perigo fora dos seus domínios. Mas parece que o Natalino não entendeu assim...

Às vezes o 3-5-2 vira 3-6-1. No time do Joel, meia-armador não tem vez. Só tem volante e atacante. Se o volante sabe um pouco sobre o que fazer com a bola dominada, vai armar. Se um jogador de meio-de-campo tem características de armador, vai para o ataque. Assim, o Marcinho virou o novo Renato Augusto, escalado para fazer feio no ataque, enquanto o Maxi fica no banco. Das decisões do Joel, a falta de oportunidades para o argentino é a maior sacanagem de todas, pois o cara já mostrou serviço e foi sacado após uma parada por contusão.

Aliás, escalação tem sido um problema com a chegada dos reforços. O Joel parece meio perdido. Costumo a dizer que se era para manter Toró e o medíocre Jaílton no time, era melhor não trazer ninguém. Dá uma impressão de patota. O único que entrou para ganhar posição foi o Jônatas, que vem jogando pouco. O status do Jônatas é curioso, pois ele só jogou bem de verdade no Flamengo durante meia temporada, quando participou da conquista da Copa do Brasil 2006. Foi para a Espanha e lá quase não atuou. É um bom jogador, mas nas atuais condições não sobra em relação aos concorrentes pela posição. O Kleberson joga no mesmo pedaço do campo, apesar de não ter sido escalado ali pelo Joel. Mas é um jogador que não me empolga. Não gosto de falar em "enganador do futebol", mas o Kleberson ganhou notoriedade a partir da Copa de 2002 e conseguiu viver disso até hoje. A declaração do Luís Roberto, narrador da Globo, deu bem o tom da ilusão que se criou em torno do jogador: "O Kleberson fez uma Copa dos sonhos em 2002!". Na boa, o cara entrou no time titular nas três últimas partidas, teve atuações discretas nas quartas e na semifinal e arrebentou no jogo decisivo. Depois disso, nunca mais brilhou em lugar nenhum. Já se passaram seis anos. Se era para manter alguém no Fla do ano passado, acho que o Cristian deveria brigar por posição com o Kleberson e Jonatas, embora reconheça que este último pode mostrar mais futebol.

Enfim, o Joel tem sido conservador demais, jogando com volantes demais, atacantes improvisados demais e criação de menos. E se o máximo que sua imaginação para mudar o time no segundo tempo pode permitir é escalar o Obina no ataque ao lado do Souza, coisa que ele faz em todos os jogos, os problemas podem aumentar. Espero que a vitória que virá domingo não sirva para nos iludir.

Coronel Bolognesi-PER: Penny, Revoredo, Ostersen, Balbín e Álvarez; Linares, Uribe, Vásquez e Ramírez (Novoa); González Vigil (Mostto) e Ross (Chavez). Técnico: Juan Reynoso
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Jônatas, Ibson e Toró (Kléberson); Diego Tardelli (Obina) e Souza (Marcinho). Técnico: Joel Santana
Local: Estádio Modelo, Tacna (Peru)
Árbitro: Mauricio Reinoso
Auxiliares: Alfredo Intriagio e Juan Cedeño
Cartões amarelos: Revoredo (Coronel Bolognesi). Juan, Ibson e Diego Tardelli (Flamengo).

domingo, 10 de fevereiro de 2008

FLAMENGO 1 X 4 FLUMINENSE

Passei em frente ao Maracanã na hora do intervalo, justamente quando a chuva chegou ao seu ápice. Fiquei feliz por não estar lá dentro naquele momento, principalmente porque o Apolinho dizia na rádio Tupi que o jogo se desenrolava com alguma emoção mais com baixa qualidade técnica. Concluí que não estava perdendo nada além de uma gripe. Mais aliviado ainda me senti quando acessei o site do Globo Esporte no exato momento em que o quarto gol do Fluminense era anunciado.

O Flamengo fez a única coisa que não podia em um clássico que não valia absolutamente nada com times reservas escalados: tomar uma goleada. Se só perdesse, não haveria problema. É lógico que a lavada não é a maior catástrofe do mundo, mas incomoda. Para encarar as gozações que nos esperam, eu já decidi que não vou me justificar dizendo que estávamos com o time reserva, que o jogo não valia nada, argumentos, aliás, bem plausíveis. Vou dar parabéns aos tricolores e deixá-los achando que têm um timaço. Excesso de confiança do outro lado e vergonha na cara no nosso, é isso que eu espero que essa derrota menor provoque.

Em tempo: meu amigo André me chamou a atenção para os frangos do Diego. Ele acha que o goleiro deve deixar o Mengão. Só vi os lances depois que li a mensagem, e vou além. Vida de goleiro é foda. A desconfiança provocada pela irregularidade vai erodindo aos poucos a carreira do cara, até que se chega a um momento em que um erro fatal define de uma vez por todas seu papel no mundo do futebol. Hoje foi esse dia para o Diego. Para mim, sua carreira acabou. O Bracinho de Jacaré nunca mais vai ser titular em uma gande equipe.

Flamengo: Diego; Luizinho, Thiago Sales, Rodrigo Arroz e Egídio; Cristian, Colace (Marcinho), Leo Medeiros e Kleberson; Diego Tardelli (Max Biancuchi) e Obina. Técnico: Joel Santana
Fluminense: Fernando Henrique; Rafael, Anderson, Roger e Gustavo Nery; Fabinho, Arouca (David), Romeu e Conca (Maurício); Thiago Neves (Tartá) e Cícero. Técnico: Renato Gaúcho
Maracanã/RJ
Árbitro: João Batista de Arruda
Auxiliares: Jackson Lourenço Massara dos Santos e Marcelo Fonseca Duarte
Cartões amarelos: Colace, Diego Tardelli, Thiago Sales, Léo Medeiros e Cristian (Flamengo); Arouca, Gustavo Nery, Romeu (Fluminense)
Gols: Kleberson, aos 4 minutos do segundo tempo, Thiago Neves, aos 7, aos 27 e ao 34, Mauricio, aos 41 do segundo tempo

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

FLAMENGO 2 X 0 VOLTA REDONDA

Tudo caminhando para a confirmação da classificação do Flamengo em primeiro lugar, não há muitos motivos para se deslocar ao Maraca no esdrúxulo horário das sete e meia para assistir mais uma partida contra um fracote. Muitos satanizam o Brasileirão de pontos corridos pela existência de jogos que não valem nada objetivamente. Isso depende muito do papel que o time do sujeito desempenha no campeonato com aquela fórmula. No caso do Estadual com seu atual formato e contando com equipes pequenas muito frágeis, como já foi repetido aqui em outras ocasiões, o desinteresse pode ser bem maior, beirando o absoluto nesta fase final de classificação do primeiro turno.

Preparado para ignorar a partida e deixar para conferir o resultado ao final, dei uma checada no noticiário esportivo, para atualizar as informações que negligenciei nos dias das festas de momo. Vi que o Flamengo promoveria algumas estréias: Rodrigo e Kleberson iriam sair jogando pela primeira vez, enquanto Diego Tardelli finalmente vestiria o manto sagrado em jogo valendo três pontos. Não, não resolvi ir ao Maracanã por causa disso, mas confesso que tive vontade, quase ignorando toda a ponderação apresentada no primeiro parágrafo. O lance é o seguinte: o tipo de pessoa que torce como eu tem necessidade de sentir que o que está acontecendo em campo não escapa ao seu controle. Se vai haver uma mudança no time e se há risco de que esta mudança seja permanente, ou seja, se um dos caras que entra ganha a posição de titular, eu preciso saber porque isso aconteceu. De certa forma, dar um aval. Não quero ser surpreendido. Assim, sempre que há um fato novo, eu me sinto tentado a ir conferir as conseqüências.

Ainda assim, nem assisti a partida. Fiquei acompanhando em consultas esporádicas à internet. Antigamente, quando não era possível ver um jogo na televisão, tinha o rádio. A tela do computador supre, diferente do rádio, a necessidade de respotas visuais: os lances importantes, pouco depois de descritos, podem ser assistidos em vídeos carregados nos sites. Porém a internet, ou melhor, o resumo do jogo em melhores momentos, te dá uma falsa idéia sobre o desempenho do time. Acreditei, vendo os lances, por exemplo, que o Luisinho finalmente havia jogado bem. E aí que entra o jornal do dia seguinte com as notas para as atuações. Pelo que entendi, o jogo foi mais ou menos; Tardelli ficou na média; Luisinho, a mesma porcaria de sempre; Souza, mais uma vez esteve bem, mas gol que é bom...; e o Kleberson foi mal e nesse eu não levo fé nenhuma. E se é pra falar de avaliações tardias, a da contusão do Rodrigo trouxe uma notícia ruim para caramba...

Flamengo: Bruno, Luisinho, Rodrigo (Rodrigo Arroz), Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Jônatas, Ibson e Kléberson (Marcinho); Diego Tardelli (Obina) e Souza. Técnico: Joel Santana
Volta Rendonda: Edinho, Júlio Cezar, Aílson (Vinícius), Alemão e Hamilton (Marcinho); Alexandre, Butti, Leandro Sena (Lecheva) e Glauber; Léo Guerra e Fábio. Técnico: Alexandre Gama
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Pathrice Wallace Correia Maia
Auxiliares: Marcos Tadeu Peniche Nunes e Lennart da Silva Novaes Neto
Cartões amarelos: Luizinho, Diego Tardelli, Rodrigo Arroz, Bruno, Souza e Ibson (Flamengo). Julio Cezar e Glauber (Volta Redonda).
Gols: Juan, aos 2 minutos; Diego Tardelli, aos 24 minutos; e Glauber, aos 44 minutos do primeiro tempo.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

AMÉRICA 0 X 4 FLAMENGO

O Flamengo foi jogar no Engenhão. Como estava viajando, não pude conhecer o estádio construído pela Prefeitura para o Pan e que depois foi cedido para o Botafogo manter bem limpinho, já que sua torcida (?) pouco o freqüenta. Não chegou a ser um público exuberante, mas as 15 mil e tantas pessoas me pareceram pela televisão compor uma audiência bem maior do que a que costuma a comparecer nos jogos da sofrida equipe de General Severiano, também de acordo com o que vejo na telinha.

O Flamengo até que jogou bem, mas o gol não saía. O time pareceu estranhamente cansado. Estranhamente porque o preparador físico andou enaltecendo sua pré-temporada e estávamos no quinto jogo do ano, embora o ritmo seja de maratona. De qualquer forma, é apenas um início de maratona, e vê se algum queniano bota os bofes para fora logo no segundo quilômetro da prova... Acabou que esse cansaço resultou na falta de poder de conclusão e um golzinho legítimo ainda nos foi surrupiado pelo bandeirinha bundão que deu impedimento absurdo em uma cabeçada do Souza.

Nada de gol até os 30 do segundo tempo. Eis que surge Obina! O Obina meteu três. Não foi nada heróico, pois o América tem um time sem-vergonha que tem sido a chacota do nosso grupo no Estadual e abriu totalmente a guarda depois do primeiro direto certeiro, mas é bom ver o Anjo Negro proporcionando a alegria de uma tarde rubro-negra com gols de tudo que é jeito. Obina é daqueles jogadores carismáticos que caem nas graças da torcida, da imprensa, das tias que não entendem de futebol mas de vez em quando batem o olho na televisão e perguntam quem são as principais figuras... Até mesmo os pobres-diabos que não torcem pelo Flamengo nutrem uma simpatia pelo baiano. E o mais maneiro é que o cara não é um típico marqueteiro, é um sujeito simples e até um pouco tímido. O roteiro perfeito para a passagem do Obina no Flamengo é ele permanecer entrando no segundo tempo, meter uns gols importantíssimos (quem sabe o do título da Libertadores?) e ser vendido para o exterior por um valor muito maior do que o que ele efetivamente vale. Assim, o mito prevalecerá.

América: Fábio Carvalho; Bruno Carvalho, Marcio Abraão, Cléberson (Cleiton) e Maciel; Válber, Jefinho, Everton (Messias) e Élvis; Eraldo (Marco) e Lourival. Técnico: Gaúcho
Flamengo: Bruno; Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Maxi Biancucchi), Jônatas, Ibson e Toró; Marcinho (Obina) e Souza (Rodrigo). Técnico: Joel Santana
Local: Engenhão/RJ
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá
Auxiliares: Ronaldo Cristino Kenupp e Vinícius da Vitória Nascimento
Cartões Amarelos: Everton, Jefinho, Elvis e Maciel (América); Toró e Fábio Luciano (Flamengo). Cartões Vermelhos: Jefinho e Elvis (América); Fábio Luciano (Flamengo)
Gols: Obina, aos 30, 43 e 44, e Juan, aos 37 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO 1 X 0 MACAÉ

Foi só elogiar! O Flamengo fez um jogo bem ruinzinho contra o Macaé. A partida não chegou a ter grandes cargas de dramaticidade pois o nosso gol saiu logo no início, mas rolou um certo incômodo com os macaenses rondando a nossa área. E rolou, mais ainda, aborrecimento. Caiu a ficha de que o time do Flamengo pode aborrecer bastante. Como o texto está bem atrasado e o sentimento já se dissipou, vou ser bem sucinto nas minhas conclusões. Primeiro: em partidas como esta dá para ver tranqüilamente que nos falta um craque. Alguém capaz de nos provocar a sensação de que acabará a qualquer momento com todo aquele marasmo. Segundo: eles não tiveram propriamente culpa de nada, um até se salvou no meio-campo e o outro fez o único gol da partida, mas enquanto tivermos Toró e Jaílton de titulares absolutos, não dá para acreditar que temos um grande time!

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton Jônatas (Kléberson), Ibson e Toró; Marcinho (Obina) e Souza. Técnico: Joel Santana
Macaé: Cássio, Mário César, André, Souza (Lima) e Bill (Tiano); André Gomes, Wallace, Steve e Wallacer; Zada (Geraldo) e Jones. Técnico: Tita
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Djalma José Beltrami
Auxiliares: Beival do Nascimento e Rodrigo Jóia
Cartões amarelos: Toró (Flamengo). Zada e André (Macaé).
Gol: Toró, aos 6 minutos do primeiro tempo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

FLAMENGO 5 X 1 DUQUE DE CAXIAS

Não chegou a ser o massacre anunciado no primeiro tempo. Mas o Flamengo demonstrou contra o Duque de Caxias o mínimo que se espera de um time grande contra um nanico: autoridade. Se o adversário é freqüentador eventual da primeira divisão carioca (este no caso é estreante), que já não é grandes coisas, se não tem títulos, se monta times de aluguel para passar o verão no Rio e não tem o que fazer no segundo semestre, tem que bagunçar, sacudir, dar surra mesmo. O papel do time é oferecer um espetáculo quase de circo, para ser acompanhado por nós arquibaldos tranqüilamente entre goles de cerveja, sem preocupação. Achei meio patético quando um cara do meu lado ficou irado com o gol do Duque, que já levava de cinco. Uma partida como esta não merece emoções mais elevadas. Nada de apreensão, fúria ou megalomania. Apenas a serenidade de assitir um treino sabendo que tudo está em seu lugar.

É isso, a palavra é adequação. Assim como não é certo brigar para não cair no Brasileiro, não é adequado o Flamengo deixar de ganhar fácil de um timeco do Estadual. Em 2005 (o mais tenebroso de meus 30 anos rubro-negros) parece que tínhamos esquecido isso. Começamos levando de 3 x 0 do Olaria em pleno Maraca. Por isso, mais um ponto para o time do Joel, que vem devolvendo um pouquinho da tradição e do orgulho do Mengão em campo.

Agora, só uma pergunta: como o Fluminense pode sofrer para ganhar de uma baranga destas?

Flamengo: Bruno; Leonardo Moura, Fabio Luciano (Rodrigo), Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Jônatas, Toró e Ibson; Marcinho (Maxi Biancucchi) e Souza (Obina). Técnico: Joel Santana
Duque de Caxias: Fernando, Eduardo, Alessandro, Daniel (Gustavo) e Alan; Silva, Marcelo Cardoso (Gavião), Renatinho e Djair; Madson e Viola (Adenis). Técnico: Manoel Neto
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães
Auxiliares: Marco Aurelio dos Santos Pessanha e Paulo Sérgio Durães Fernandes
Cartões Amarelos: Marcelo Cardoso, Eduardo, Silva, Djair, Madson, Daniel, Gustavo e Gavião (CAXIAS); Marcinho e Fabio Luciano (FLA)
Gols: Marcinho, aos 20 minutos, Ibson, aos 29 minutos, Leonardo Moura, aos 35 minutos e Souza, aos 43 minutos do primeiro tempo; Ibson, aos 4 minutos e Eduardo, aos 37 minutos do segundo tempo

sábado, 26 de janeiro de 2008

FLAMENGO 4 X 1 CARDOSO MOREIRA

Tem aquela história do copo meio cheio ou meio vazio. O jogo às sete e meia é bom se está tudo tranquilo no trabalho e dá para sair a tempo. E é bom também se a partida não tem muito apelo, pois se for preciso comprar o ingresso na hora e houver muita procura, o horário aperta. O copo estava meio cheio, público mínimo, volta pra casa tranqüila, mais cedo que o costume.

Mesmo assim, a organização para um jogo no Maracanã sempre arruma um jeito de te irritar. Anunciam que os ingressos estão sendo vendidos em três bilheterias, sem deixar claro que meia-entrada só se compraria na oito. Muitos guichês abertos, mas você tem que fazer um uni-duni-tê para saber onde vende cadeira ou arquibancada, pois não há identificação alguma. Ao lado de muitos PMs na rampa do metrô e ao redor das bilheterias, cambistas oferecem ingressos de meia-entrada por 83% do preço da inteira. Observando a quantidade de cambistas presentes e o potencial risco de prejuízo para estes empreendedores informais face à pequena presença do púiblico no estádio, não é preciso ser muito inteligente para concluir que os bilhetes são consignados e os não vendidos voltam para a bilheteria, contabilizados como encalhe. Se nem um esqueminha prosaico destes, escancarado abaixo do nariz de quem quiser ver, é resolvido, o que podemos imaginar das putarias nababescas que pipocam todos os dias nas altas esferas de governo?

Voltando à partida, é bom o Mengão poder fazer seus treinos no Maracanã, para ir se adaptando mais ao campo até começarem os jogos de verdade. Como bem lembrou meu amigo Jean, o nível dos pequenos no Estadual deste ano parece ter caído. Assim, vai demorar um pouco para esquentar. É bom que dá tempo de arrumar o time, colocar os reforços para jogar. O Joel parece ter abolido de vez o segundo atacante do time, escalando o Marcinho na frente (copo meio vazio). Menos mal que ele não optou por manter o Cristian e entrar com o Jonatas na vaga deixada por Renato Augusto (copo meio cheio), opção que eu julgava muito provável por se tratar do Natalino. Nada contra o Cristian, que para mim deveria ser mantido, saindo o Jailton. O que aborrece é que o Maxi parece definitivamente preterido, justo ele que é o único atacante de ofício que joga pelos lados que está em condições de jogo no atual elenco. O Souza, que vem jogando muito e ontem fez um gol numa arrancada que parecia de Winning Eleven, continua isolado na frente. Por outro lado, nosso laterais continuam marcando presença constante no ataque, vindo de trás para dar mais opções para botar a bola no gol, como aconteceu ontem. Enfim, não está ruim, longe disso, mas a escalação pode (e deve) melhorar. Aguardemos as estréias em prestações.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Obina), Jônatas, Toró e Ibson (Rodrigo); Marcinho e Souza (Maxi Biancucchi). Técnico: Joel Santana
Cardoso Moreira: Macula, Caboclo, Paulo Roberto e Ernandes; Neném, Índio, Rincón, Bruno Rafael (Rodrigo) e Germano; Léo Santos (Eliomar) e Wagner Carioca (Fábio Tosca). Técnico: Charles Guerreiro
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Leonardo Garcia Cavaleiro
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues e João Luiz Coelho
Cartões amarelos: Jônatas, Juan, Souza e Fábio Luciano (Flamengo). Rincón, Neném e Germano (Cardoso Moreira).Cartão vermelho: Ernandes, aos 26 minutos do primeiro tempo (Cardoso Moreira).
Gols: Ibson, aos 21 minutos; e Souza, aos 45 minutos do primeiro tempo. Wagner Carioca, aos 9 minutos; Juan, aos 22 minutos; e Leonardo Moura, aos 36 minutos do segundo tempo.

domingo, 20 de janeiro de 2008

FLAMENGO 2 X 0 BOAVISTA

Estréias de temporada sempre me provocaram muita ansiedade. Se o ano anterior foi bom, o entusiasmo é mantido durante o período de férias até a volta aos gramados. Se foi ruim, o primeiro jogo do ano novo é sempre esperança de um recomeço, de um agora-vai. Já aconteceu também de o time do Flamengo terminar uma temporada capenga, perder jogadores e contratar reforços inexpressivos para ocupar as lacunas no elenco; nesse caso, a estréia é momento de apreensão, de expectativa da confirmação dos pesadelos macabros.

Eu certamente iria ao jogo hoje se não tivesse um compromisso. O mais curioso é que não fui e não sofri por isso. O jogo de estréia do Flamengo em 2008 não me tirou muito do sério. O fato é que o campeonato carioca está inchado, com muitas partidas, todas no Maracanã. Dá a impressão que vai demorar a "pegar". Além disso, o ingresso tá caro. E, acredito que seja a maior razão do meu desinteresse, hoje não havia um time "novo" para atrair a minha curiosidade. Os reforços não foram regularizados e o time que entrou em campo era o mesmíssimo que terminou o Brasileirão. Enfim, o jogo não teve aquele apelo para mim.

Na hora da partida, meu olhar na tevê foi quase de supervisão, uma ronda de quinze em quinze minutos para ver o que estava acontecendo. Quando me detive para assistir o primeiro tempo que já avançava para sua segunda metade, vi um jogo aborrecido, sem graça e em ritmo de treino. Sei lá se foi assim mesmo, mas o que vi serviu para atravessar o intervalo e mais uns minutos ocupado com outras coisas. Não soube bem o que aconteceu com o Renato Augusto quando cheguei para ver o Marcinho em campo participando da jogada do primeiro gol. Surgiram então motivos para me acordar e chamar a minha atenção para o fato de que uma temporada do Flamengo estava se iniciando: a preocupação com a lesão de um jogador e a estréia de um reforço. Quanto ao Marcinho, inexplicavelmente, já que nunca prestei atenção em suas atuações no Atlético, levo fé neste jogador. Puro chute, mas gostei de ter visto um belo gol que ele marcou num destes amistosos na Granja durante a pré-temporada e passei a achar que ele vai se dar bem neste elenco. Já o caso do Renato Augusto incomoda pois parece que tudo conspira para que ele não emplaque. Até agora não li as notícias sobre a gravidade da lesão.

Fim das contas: resultado bom, começo tranqüilo. Sei que meu interesse aumentará, no próximo jogo possivelmente estarei lá. Mas espero que as novidades em campo apareçam logo e principalmente que role uma promoção, tipo passaporte, pois com os preços dos ingressos vai ser foda até mesmo para um torcedor obcecado como eu marcar presença duas vezes por semana no Maraca.

Flamengo: Diego, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian (Obina), Ibson e Toró; Renato Augusto (Marcinho) e Souza. Técnico: Joel Santana
Boa Vista: Erivélton, Felipe, Vinícius e Hélton; Flávio Medina, Roberto Lopes, Thiaguinho (Bruno Moreno), Rodrigo (Flávio Santos) e Esquerdinha; Anselmo e Faioli (Romarinho).Técnico: Edinho
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Eduardo de Souza Couto
Cartões amarelos: Toró, Ronaldo Angelim, Obina, Souza e Jaílton (Fla). Roberto Lopes, Hélton, Rodrigo, Thiaguinho, Flávio Medina e Felipe (Boa).
Gols: Souza, aos 20 minutos; e Fábio Luciano, aos 40 minutos do segundo tempo.