quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

AMÉRICA 0 X 4 FLAMENGO

O Flamengo foi jogar no Engenhão. Como estava viajando, não pude conhecer o estádio construído pela Prefeitura para o Pan e que depois foi cedido para o Botafogo manter bem limpinho, já que sua torcida (?) pouco o freqüenta. Não chegou a ser um público exuberante, mas as 15 mil e tantas pessoas me pareceram pela televisão compor uma audiência bem maior do que a que costuma a comparecer nos jogos da sofrida equipe de General Severiano, também de acordo com o que vejo na telinha.

O Flamengo até que jogou bem, mas o gol não saía. O time pareceu estranhamente cansado. Estranhamente porque o preparador físico andou enaltecendo sua pré-temporada e estávamos no quinto jogo do ano, embora o ritmo seja de maratona. De qualquer forma, é apenas um início de maratona, e vê se algum queniano bota os bofes para fora logo no segundo quilômetro da prova... Acabou que esse cansaço resultou na falta de poder de conclusão e um golzinho legítimo ainda nos foi surrupiado pelo bandeirinha bundão que deu impedimento absurdo em uma cabeçada do Souza.

Nada de gol até os 30 do segundo tempo. Eis que surge Obina! O Obina meteu três. Não foi nada heróico, pois o América tem um time sem-vergonha que tem sido a chacota do nosso grupo no Estadual e abriu totalmente a guarda depois do primeiro direto certeiro, mas é bom ver o Anjo Negro proporcionando a alegria de uma tarde rubro-negra com gols de tudo que é jeito. Obina é daqueles jogadores carismáticos que caem nas graças da torcida, da imprensa, das tias que não entendem de futebol mas de vez em quando batem o olho na televisão e perguntam quem são as principais figuras... Até mesmo os pobres-diabos que não torcem pelo Flamengo nutrem uma simpatia pelo baiano. E o mais maneiro é que o cara não é um típico marqueteiro, é um sujeito simples e até um pouco tímido. O roteiro perfeito para a passagem do Obina no Flamengo é ele permanecer entrando no segundo tempo, meter uns gols importantíssimos (quem sabe o do título da Libertadores?) e ser vendido para o exterior por um valor muito maior do que o que ele efetivamente vale. Assim, o mito prevalecerá.

América: Fábio Carvalho; Bruno Carvalho, Marcio Abraão, Cléberson (Cleiton) e Maciel; Válber, Jefinho, Everton (Messias) e Élvis; Eraldo (Marco) e Lourival. Técnico: Gaúcho
Flamengo: Bruno; Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Maxi Biancucchi), Jônatas, Ibson e Toró; Marcinho (Obina) e Souza (Rodrigo). Técnico: Joel Santana
Local: Engenhão/RJ
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá
Auxiliares: Ronaldo Cristino Kenupp e Vinícius da Vitória Nascimento
Cartões Amarelos: Everton, Jefinho, Elvis e Maciel (América); Toró e Fábio Luciano (Flamengo). Cartões Vermelhos: Jefinho e Elvis (América); Fábio Luciano (Flamengo)
Gols: Obina, aos 30, 43 e 44, e Juan, aos 37 minutos do segundo tempo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Grande Gabriel... curtiu o carnaval?
Vou lá hj sim. Comprei na sexta, tranquilamente, sem fila, aliás, a vendedora estava dormindo na Gávea.
Sobre o jogo com o América, o calor no primeiro tempo atrapalhou. Jogou às 4 com sol de 3. Só choveu um pouco na segunda etapa, mudando o tempo e o jogo. E quase fui ao Engenhão. Eu estava lá perto, visitando um bebê que nascera há pouco tempo e saí na hora do intervalo. Mas deu tempo de chegar em casa e ver o segundo tempo. Obina é mito, tem estrela e concordo com vc, tem q ser valorizado entrando no segundo tempo, fazendo uns gols e de repente sai por uma boa grana no meio do ano.
Abraço!