sábado, 29 de março de 2008

FLAMENGO 2 X 0 NACIONAL - URU

Estou escrevendo no domingo do Fla x Bota pela semifinal da Taça Rio, horas antes da partida. Estou com seis resenhas atrasadas. Os motivos para o atraso: além de alguns problemas no computador e uma viagem entre os jogos do Flamengo, um certo desânimo com o Estadual sem graça. Duas coisas, essencialmente, levam o torcedor para o estádio. Uma delas é o apelo do jogo, a importância de um bom resultado, o desafio em si. Mesquitas, Duques de Caxias e Cabofrienses não oferecem isso. A outra é a presença do craque. Se tem um craque para se ver jogar, a torcida busca ser testemunha de uma jogada genial, de lances para antologia, da diversão que só o jogador fora de série pode proporcionar. No Fla, não temos isso há tempos. No meu entendimento, essas duas condicionantes valem para todas as torcidas. A diferença em relação ao Flamengo é que a torcida pede pouco. Dar importância às partidas e aos jogadores é coisa que nós fazemos com facilidade, porque valorizamos demais o prazer de ver o Mengão jogar. Basta o regulamento das competições e a diretoria fazerem sua parte para a galera comparecer e se interessar. Não é o caso nesse Estadual esdrúxulo com ingressos na faixa de 40 reais.

Mas eu não me desliguei do Flamengo, óbvio. Tem Libertadores também. A seqüência de textos de baixo pra cima que se inicia com esse não será fiel aos sentimentos que surgiram ao longo destas semanas, mas vou tentar resgatar no resumo o que foram os jogos para mim. começando pelo Fla e Nacional.

Este eu vi fora do Rio. Só me lembrei de ver a tabela da Libertadores após ter marcado a viagem. Já era. Corri para descolar uma televisão. A vitória foi um alento, mas é impressionante a pouca capacidade do time de marcar gols. Àquela altura, o saldo de gols importava muito. Terminou só dois a zero, valeram os três pontos. Se o Souza não faz, Marcinho garante na estrela!

Flamengo: Bruno, Luizinho, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson, Ibson e Marcinho (Maxi Biancucchi); Renato Augusto e Souza (Obina). Técnico: Joel Santana
Nacional - URU: Viera, Acosta, Victorino, Barone e Romero; Cardaccio, Óscar Morales, Arismendi e Bertolo (Ligüera); Richard Morales e Fornaroli (Vera). Técnico: Gerardo Pelusso
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Carlos Amarilla
Auxiliares: Antonio Arias e Nicolas Yegros
Cartões amarelos: Souza (Flamengo). Arismendi, Fornaroli e Romero (Nacional-URU). Gols: Marcinho, aos 25 minutos do primeiro tempo. Marcinho, aos 20 minutos do segundo tempo.

segunda-feira, 17 de março de 2008

FLAMENGO 2 X 3 BOTAFOGO

Tá bom, a última frase do texto anterior já é uma invasão ao tema do jogo de domingo. Mas o fato é que se é para poupar jogador, se o jogo vale o risco, porque não escalar um time mais ofensivo? Para que o pesadelo Jailton-Gavillan-Toró? O Maxi vai bem em uma partida. Não vai tão bem na seguinte. É imediatamente sacado do time de reservas escalado para o final de semana! E o Jaílton? O que ele precisa fazer mais para ser banido da Gávea? O que mais me irritou no jogo de ontem foi que o destempero dos nossos jogadores serviu para mascarar a péssima atuação em função do esquema equivocado do Joel. Poderíamos empatar se os manés desequilibrados não fossem expulsos, mas o fato é que tomamos três gols porque jogamos mal. Aliás, o Flamengo é o único time que não faz uma graça quando escala time reserva. Jogamos fora quatro anos de zoação!
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Uma notícia fez o fim-de-semana rubro-negro começar bem triste. Soube pelo André do falecimento do Tubbs. Não sabia muito sobre ele. Não sei qual o seu primeiro nome, se Tubbs é apelido ou sobrenome. Nos vimos uma única vez em um jogo do Flamengo no Maraca e nos falamos outras poucas pelo telefone, sempre sobre o time do coração. O suficiente para simpatizar de cara com a figura, naquela identificação que só a mesma paixão pelo rubro-negro pode provocar. Sei que ele não gostava do Jailton e, como todos nós, lembrava com saudades da era Zico. Sei que fará muita falta ao meu amigo André e aos camaradas que acompanhavam com ele os jogos na plataforma. Não serve de consolo para ninguém, mas só a peneira do tempo é capaz de reduzir a tristeza da falta, até deixar os efeitos das boas lembranças ocuparem devidamente seu espaço. Eis aí mais uma função para as vitórias vindouras do Flamengo: preservar a memória de um flamenguista apaixonado como o Tubbs.
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Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Leonardo, Thiago Sales e Egídio; Gavilán (Léo Medeiros), Jaílton (Marcinho), Jônatas e Toró; Renato Augusto (Maxi Biancucchi) e Obina. Técnico: Joel Santana
Botafogo: Castillo, Alessandro, André Luís, Renato Silva e Triguinho (Adriano Felício); Diguinho, Túlio (Eduardo), Lúcio Flávio e Zé Carlos (Welington Júnior); Jorge Henrique e Wellington Paulista.Técnico: Cuca
Local: Maracanã, Rio de Janeiro/RJ
Árbitro: Marcelo de Souza Pinto
Auxiliares: Beival do Nascimento Souza e Vilmar Raul
Cartões amarelos: Jaílton e Jônatas (Flamengo), Triguinho, Jorge Henrique, Túlio e André Luís (Botafogo)Cartões vermelhos: Jônatas, aos 42, e Obina, aos 45 minutos do segundo tempo.
Gols: Wellington Paulista, aos 22, Leonardo Moura, aos 38, Zé Carlos, aos 46 do primeiro tempo; Jorge Henrique, aos 7, Thiago Sales, aos 23 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO 2 X 0 MESQUITA

Ao escrever sobre este jogo forço um pouco para lembrar o que aconteceu. Não vi a partida. Peguei uns lances na internet. Na verdade tá rolando um desinteresse. Seria a classificação antecipada para a final? A certeza que com esses adversários estaremos na fase final da Taça Rio e os clássicos serão amistosos? Desânimo com a campanha na Libertadores? Acho que um pouco de tudo. Para terminar ouço o Joel dizer que o esquema de três atacantes (que não defendo) estava definitivamente abolido pelo mau desempenho na partida. Na boa, não fode! Quantas partidas ruins serão necessárias para despachar o esquema com quatro volantes?

Flamengo: Bruno, Luizinho (Gavilán), Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson e Ibson; Maxi Biancucchi (Renato Augusto), Diego Tardelli (Obina) e Souza. Técnico: Joel Santana
Mesquita: Diogo, Édson, Juan, Vágner e Felipinho (Dedeco); Léo, Dé, Índio e Fábio Costa (Bruno Suzano); Márcio Orelha (Bruno Carvalho) e Leandro Neto. Técnico: Mário Marques
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: André Luís Paes Ramos
Auxiliares: Antônio Marcos Lemos Machado e Lílian da Silva Fernandes Bruno
Cartões amarelos: Ronaldo Angelim (Flamengo). Léo (Mesquita).Gols: Souza, aos 13 minutos do primeiro tempo. Vágner (contra), aos 10 minutos do segundo tempo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

FLAMENGO 3 X 1 AMERICANO

Menos atrasado, mais resumido. Não dá para tirar muitas conclusões das partidas contra galinhas-mortas do Estadual. Alguns alentos daquela tarde de domingo: a vocação de artilheiro do Thiago Salles; A boa participação do Maxi; e principalmente, a volta do Renato Augusto. Pode ser ilusão de torcedor, mas confio na entrada deste jogador para dar mais equilíbrio à equipe do Flamengo.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura (Luizinho), Leonardo, Thiago Salles e Egídio; Jaílton (Renato Augusto), Gavilán, Jônatas e Toró; Marcinho (Souza) e Maxi Biancucchi. Técnico: Joel Santana
Americano: Wender, Ciro (Ricardo), Alex Mineiro e Anderson; Isaías (Silvan), Leandro Leite, Leandro Matera, Pirão e Ivan (Rondinelli); Bruninho e Jessé. Técnico: Valter Ferreira
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Leonardo Garcia Cavaleiro
Auxiliares: Jorge Luis Campos Roxo e Rodrigo Pereira Jóia
Cartões amarelos: Jônatas, Leonardo, Toró e Egídio (Flamengo); Isaías, Ciro e Leandro Matera (Americano) Gols: Thiago Salles, aos 20, Maxi Biancucchi, aos 22 do primeiro tempo; Jessé, aos 23 minutos, Thiago Salles, aos 32 minutos do segundo tempo

NACIONAL-URU 1 X 0 FLAMENGO

Atrasado e resumido: Houve um jogo até as expulsões. E nesse não fomos bem, não. Tínhamos mais posse de bola, mas pouquísima competência para arrumar espaços para criar as jogadas de gol. Então saímos atrás no placar. Quando levamos o gol, lembrei do jogo contra o Defensor no ano passado. O resultado seria o mesmo. Circunstâncias diferentes, mesma atitude do Mengão.

Deixou de ser um jogo de futebol após a segunda expulsão e virou um embate desigual de acentuado sofrimento. Só nos restou contemplar o espetáculo. A minha questão é: porque o Flamengo freqüentemente protagoniza eventos como aquele? Perder de três para um time como o Nacional é demais, é excessivo, é um exagero para uma equipe que pretende vencer uma Taça Libertadores. Perder dois jogadores daquela maneira também...

Nacional-URU: Viera, Acosta, Victorino, Barone e Romero; Cardaccio, Óscar Morales, Arismendi (Ligüera) e Bertolo; Richard Morales (Pereyra) e Fornaroli (Perrone).Técnico: Gerardo Pelusso
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Kléberson (Jaílton), Ibson e Toró; Diego Tardelli (Marcinho) e Souza (Jônatas). Técnico: Joel Santana
Local: Estádio Parque Central, Montevidéu (Uruguai)
Árbitro: Pablo Pozo
Auxiliares: Cristian Julio e Patrício Basualto
Cartões amarelos: Bertolo (Nacional-URU). Leonardo Moura, Ibson e Ronaldo Angelim (Flamengo). Cartões vermelhos: Toró, aos 42 minutos do primeiro tempo. Leonardo Moura, aos 5 minutos do segundo tempo (Flamengo).
Gols: Richard Morales, aos 40 minutos do primeiro tempo. Richard Morales, aos 21 minutos; e Fornaroli, aos 23 minutos do segundo tempo.

domingo, 2 de março de 2008

FLAMENGO 4 X 2 RESENDE

Essa é mais uma daquelas resenhas que se baseiam na informação do placar, em alguns lances acompanhados pelo rádio e nos gols assistidos pela internet após o fim do jogo. Quando ouvi na Globo que o Flamengo estava perdendo para o Resende, me preocupei com a postura que assumiríamos no segundo turno do Estadual. Não dá para pensar em não chegar à fase final da Taça Rio enfrentando estes adversários fracotes. E, uma vez lá, temos total condições de chegar à finalíssima do turno. Uma vitória nos permite dedicação exclusiva à reta final da Libertadores. Uma derrota não seria o fim do mundo, pois teríamos uma decisão com sabor de revanche. De preferência contra o Vasco, que já sabe direitinho como se comportar.

O começo foi só um susto. Muito bem-vinda, a vitória nos coloca na liderença do grupo A. A minha impressão a partir das referências citadas na primeira frase do texto, é a de que o Tardelli e o Kleberson, únicos potenciais titulares da linha em campo hoje, foram os destaques da vitória. Se foram mesmo, é excelente notícia, pois jogam em duas posições nas quais estamos precisando mesmo de arrumação. Eu não levava fé em nenhum dos dois, mas começo a rever os meus conceitos. O Tardelli principalmente vem mostrando personalidade, requisito importantíssimo para alguém dar certo no Mengão. Se ele se firmar empurra o Renato Augusto para o meio-campo, quando este tiver condições de jogo. Se isso acontecer, juro que paro de reclamar.

Flamengo: Bruno, Luizinho, Leonardo, Thiago Sales e Egídio; Jaílton (Gavilán), Jônatas (Maxi Biancucchi), Kléberson e Marcinho (Cristian); Diego Tardelli e Obina. Técnico: Joel Santana
Resende: Márcio, Valdir, Márcio Costa, Leandro e Vinícius; Beto, Márcio Gomes (Fábio Azevedo), Bruno Reis (Bela) e Léo; Alexsandro (Jack Jones) e Tony Carvalho. Técnico: Antônio Carlos Roy
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Leandro Noel Laranja
Auxiliares: Ricardo Ferreira de Almeida e Luiz Antônio de Oliveira
Cartões amarelos: Jaílton, Kléberson, Jônatas, Egídio e Gavilán (Flamengo). Beto, Alexsandro, Bruno Reis, Valdir e Jack Jones (Resende).
Gols: Alexsandro, aos 9 minutos; Léo, aos 21 minutos; e Thiago Sales, aos 27 minutos do primeiro tempo. Obina, aos 14 minutos; Diego Tardelli, aos 18 minutos; e Diego Tardelli, aos 45 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO 2 X 1 CIENCIANO

Demos mole. Nos descuidamos e quase complicamos nossa vida. Desta vez o uso da terceira pessoal do plural não é figura de linguagem. Nós, eu e o time, demos mole. Nos esforçamos tanto para ver o Flamengo na Libertadores e na hora da estréia em casa não demos tanta bola assim para a competição. No meu caso, na condição de torcedor, fiz a opção de assistir a partida pela tevê. Eu e mais umas quarenta mil pessoas, que deveriam estar lá e não estavam. Sem dúvida a nossa ausência foi conseqüência da dor que dois finais de semana seguidos de jogos decisivos com ingressos a quarenta reais provoca no bolso, mas também rolou um relaxamento após a sensação de dever cumprido com a conquista da Taça Guanabara. Aí é que tá. Nem de longe o jogo de domingo era mais importante que a estréia nos nossos domínios na competição sul-americana. Ainda exstasiados com a vitória na peleja doméstica, os torcedores não fizeram a sua parte em transmitir aos jogadores a gravidade e a solenidade daquela partida e, ainda que não tenha jogado mal, o time não demonstrou a mesma pegada de outras partidas importantes recentemente disputadas no Maraca. Felizmente, o golzinho salvador saiu no fim.

Felizmente mesmo, pois um empate ou uma derrota iriam promover uma injustiça e colocar em risco uma opção de armação de time que me parece bem adequada. A injustiça seria o Bruno sair de campo como vilão do jogo, pois saiu mal no lance do gol dos uruguaios, logo ele que tem tanto crédito. O risco era o time que entrou bem certinho e equilibrado ser limado logo no seu primeiro teste. A boa novidade que saiu da cabeça do Joel foi a barração do Jailton para entrada do Crisitian. Confesso que não acreditava que ele botaria alguém que não fosse volante-volante para jogar por ali. Kleberson, Ibson e Toró acabaram articulando uma boa movimentação no meio-do-campo, até o ritmo diminuir no final do jogo. Como o Natalino tem estrela, botou o Jonatas no finalzinho para dar o passe que resultou em gol. Mas uma vitória por 2 x 1, nosso placar favorito. Para Libertadores precisamos de mais, mas já é um ponto, ou melhor, três, de partida.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Kléberson (Jônatas), Cristian, Ibson e Toró (Obina); Diego Tardelli (Marcinho) e Souza. Técnico: Joel Santana
Cienciano: Flores, Solís, Marengo e Romaña; Bazalar, Guizasola, Ortiz, García (Olcese) e Chiroque; Sawa (Corcuera) e Vassallo.Técnico: Franco Navarro.
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Ricardo Grance (Paraguai)
Auxiliares: Carlos Galeano (Paraguai) e Óscar Viera (Paraguai)
Cartões amarelos: Juan (Flamengo). Romaña, Flores e Garcia (Cienciano-PER).
Gols: Souza, aos 37 minutos; e Vassallo, aos 45 minutos do primeiro tempo. Marcinho, aos 43 minutos do segundo tempo.