domingo, 2 de março de 2008

FLAMENGO 2 X 1 CIENCIANO

Demos mole. Nos descuidamos e quase complicamos nossa vida. Desta vez o uso da terceira pessoal do plural não é figura de linguagem. Nós, eu e o time, demos mole. Nos esforçamos tanto para ver o Flamengo na Libertadores e na hora da estréia em casa não demos tanta bola assim para a competição. No meu caso, na condição de torcedor, fiz a opção de assistir a partida pela tevê. Eu e mais umas quarenta mil pessoas, que deveriam estar lá e não estavam. Sem dúvida a nossa ausência foi conseqüência da dor que dois finais de semana seguidos de jogos decisivos com ingressos a quarenta reais provoca no bolso, mas também rolou um relaxamento após a sensação de dever cumprido com a conquista da Taça Guanabara. Aí é que tá. Nem de longe o jogo de domingo era mais importante que a estréia nos nossos domínios na competição sul-americana. Ainda exstasiados com a vitória na peleja doméstica, os torcedores não fizeram a sua parte em transmitir aos jogadores a gravidade e a solenidade daquela partida e, ainda que não tenha jogado mal, o time não demonstrou a mesma pegada de outras partidas importantes recentemente disputadas no Maraca. Felizmente, o golzinho salvador saiu no fim.

Felizmente mesmo, pois um empate ou uma derrota iriam promover uma injustiça e colocar em risco uma opção de armação de time que me parece bem adequada. A injustiça seria o Bruno sair de campo como vilão do jogo, pois saiu mal no lance do gol dos uruguaios, logo ele que tem tanto crédito. O risco era o time que entrou bem certinho e equilibrado ser limado logo no seu primeiro teste. A boa novidade que saiu da cabeça do Joel foi a barração do Jailton para entrada do Crisitian. Confesso que não acreditava que ele botaria alguém que não fosse volante-volante para jogar por ali. Kleberson, Ibson e Toró acabaram articulando uma boa movimentação no meio-do-campo, até o ritmo diminuir no final do jogo. Como o Natalino tem estrela, botou o Jonatas no finalzinho para dar o passe que resultou em gol. Mas uma vitória por 2 x 1, nosso placar favorito. Para Libertadores precisamos de mais, mas já é um ponto, ou melhor, três, de partida.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Kléberson (Jônatas), Cristian, Ibson e Toró (Obina); Diego Tardelli (Marcinho) e Souza. Técnico: Joel Santana
Cienciano: Flores, Solís, Marengo e Romaña; Bazalar, Guizasola, Ortiz, García (Olcese) e Chiroque; Sawa (Corcuera) e Vassallo.Técnico: Franco Navarro.
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Ricardo Grance (Paraguai)
Auxiliares: Carlos Galeano (Paraguai) e Óscar Viera (Paraguai)
Cartões amarelos: Juan (Flamengo). Romaña, Flores e Garcia (Cienciano-PER).
Gols: Souza, aos 37 minutos; e Vassallo, aos 45 minutos do primeiro tempo. Marcinho, aos 43 minutos do segundo tempo.

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