segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

FLAMENGO 2 X 1 BOTAFOGO

Ninguém acreditou na minha modéstia. E ela era falsa mesmo! Durante a semana, para todos que comentavam sobre o jogo, eu dizia que o favorito era o Botafogo. Um botafoguense próximo, poucas horas antes do jogo, respondeu à declaração sem esconder a revolta: "É, né? Tá debochando...". Não era exatamente deboche, mas eu de fato mentia. Um torcedor do Flamengo nunca, nunca acredita que vai perder uma decisão contra um rival doméstico. Quando o pênalti caiu do céu junto com a chuva que paradoxalmente contribuiu para incendiar o jogo, eu já sabia o que o desfecho daquilo nos seria favorável. Só não imaginava que a cereja do bolo seria o golão do Tardelli.

Nossa soberba nos torna o grupo de torcedores mais odiado do Brasil. Assim nasceu o arco-íris, o nosso oposto, que é a união das outras torcidas dos chamados grandes. O que acho curioso é o fato de incomodarmos tanto. Na boa, pelo menos não somos hipócritas. Foi dito uma vez em um episódio de "A Comédia da Vida Privada" que todo torcedor deseja, no fundo, no fundo, que o mundo descubra que o seu time é o maior de todos. Em última análise, todos desejam a hegemonia, a magnitude, e todas essas palavras de cunho megalômano. Dentro de limites razoáveis estabelecidos pelo bom senso e pela inteligência, espezinhar o adversário é a expressão de uma instituição do mundo da bola. Nós, flamenguistas, fazemos isso o tempo todo, em qualquer situação, ganhando ou perdendo. Nos garantimos com o nosso time e não temos receio de botar pilha nos rivais. Há uma explicação para isso.

Minha tese, que me parece bem óbvia, é que dois fatores contribuíram e contribuem para o nosso comportamento: 1) Temos a maior torcida do Brasil e do mundo também (acabo de ler a confirmação); 2) A era Zico nos acostumou mal (ou bem, depende do enfoque). A paixão pelo futebol, fator cultural tão marcante no Brasil, tem uma expressão assustadora quando o assunto é Flamengo: de Norte a Sul do país é possível reunir legiões de rubro-negros enlouquecidos pelo Mais Querido. Basta observar o que acontece quando o time vai ao Nordeste. Aí na década de oitenta o clube forma um time magnífico, capitaneado por um ídolo imortal, que ganha títulos em todas as competições possíveis, jogando um futebol esplendoroso. Como não nos convencermos de que somos os maiores? De lá pra cá, outras grandes equipes rubro-negras se formaram, principalmente na rebarba daquela geração brilhante, mas se nenhum time do Flamengo então foi capaz de igualar aquele, nenhum outro no Brasil tampouco foi. O fato é que o sentimento de grandeza continuou no nosso imaginário e foi ele que, a despeito das trapalhadas das diretorias, nos permitiu impulsionar times modestos e/ou em situação difícil para beliscar um titulozinho aqui, outro acolá. Também foi este sentimento que nos impediu de cair para segundona em tempos de vacas muito magras. Enfim, nossa marra só nos faz bem.

Agora, vejam o Botafogo: qual o benefício de ser o time do sofrimento, da lamúria, da paranóia, do choro? Não costumo a ocupar este espaço falando de outros times, mas após os acontecimentos da decisão, depois daquela ceninha patética no vestiário deles, fiquei pensando nessas principais marcas de personalidade que associam às nossas torcidas. Fiquei feliz por estar do lado rubro-negro e tive pena da galera do canil. Talvez nós precisemos todos de terapia, mas prefiro ser maníaco a ser depressivo. Pelo menos eu acumulo mais alegrias nas tardes de domingo. Vinícius já cantou que é melhor ser alegre que ser triste.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Kleberson), Cristian, Ibson e Toró (Diego Tardelli); Marcinho (Obina) e Souza. Técnico: Joel Santana.
Botafogo: Castillo, Renato Silva, Ferrero e Eduardo (Edson); Alessandro (Fábio), Diguinho, Túlio, Adriano Felício (Jorge Henrique), Lúcio Flávio e Zé Carlos; Wellington Paulista. Técnico: Cuca.
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises e Edney Guerreiro Mascarenhas
Cartões Amarelos: Marcinho, Ibson e Diego Tardelli (Flamengo); Renato Silva, Ferrero, Lúcio Flávio e Diguinho (Botafogo).
Cartões Vermelhos: Souza (Flamengo); Zé Carlos e Lúcio Flávio (Botafogo).
Gols: Wellington Paulista, aos 27 minutos do primeiro tempo; Ibson, aos 18, e Diego Tardelli, aos 46, do segundo tempo.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

FLAMENGO 2 X 1 VASCO

Eu praticamente só tinha aquela opção, mas a escolha era arriscada. A logística para conseguir meu ingresso em qualquer outro ponto de venda seria muito complicada. No Maraca eu teria que dar a volta no estádio, sob um sol infernal, com possiblidade de não dispor de tempo necessário para concluir a missão. Com medo de que fossem vendidas todas as entradas antes de sábado, lá fui eu na quarta-feira para a sede do bacalhau no Centro. Se o Flamengo perdesse eu seria culpado: os ares daquela pocilga provavelmente teria carregado o ticket com uma bela carga de azar lusitano. Por outro lado, a empreitada poderia trazer um alento. Se o Mengão vencesse, eu ganharia o prazer de me aproveitar da precária estrutura vascaína para garantir a minha participação na festa.

E assim aconteceu. Considerando as últimas apresentações do Flamengo, o feito de hoje foi deveras merecedor do entusiasmo da torcida. Eu me lembro bem da última frase da postagem anterior, mas acredito que o Joel acertou nas escolhas que fez na partida desta tarde. O time se arrumou no segundo tempo e as substituições foram bem feitas. O meio-de-campo ainda é um calo, mas o treinador já dá sinal de que pode mexer nele com um pouco mais de inspiração. E dou o braço a torcer: Marcinho se saiu melhor que o Tardelli no ataque e deve ser mantido. A vantagem é que com ele em campo, há a opção de entrar mais um atacante na frente e o time ficar com uma estrutura mais equilibrada, como foi no jogo deste domingo.

Essa partida tinha duas funções: a) ser um passo na conquista da confiança da torcida no time, já que nos permite disputar a final da Taça Guanabara dias antes da estréia do time em casa na Libertadores. Se faturarmos nos dois compromissos, a empolgação da Nação aumentará e aí, já sabemos como é... b) a de sapecar um adversário tradicional. E nesse quesito o time da cruzinha é um capítulo à parte. Acontece uma coisa engraçada quando o bacalhau enfrenta o Mengão em jogos decisivos. É como uma síndrome, um transtorno emocional cascudo, os caras tremem mesmo, se encolhem. Time e torcida. Parece que dá para ver a cara deles lá de onde estamos na arquibancada. O silêncio imperou do lado de lá após o gol do Fábio Luciano. E a marcação do pênalti só proporcionou alguns minutos de tímida animação, logo abafada totalmente pela defesa do Bruno. E o que foi a cobrança do Edmundo se não um gesto amarelo? Um leitor do globo.com definiu bem ao comentar a reportagem sobre o jogo: o bacalhau nem vice consegue ser mais, agora é só semi-vice!!!

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Jônatas (Cristian), Ibson e Kleberson (Obina); Diego Tardelli (Marcinho) e Souza. Técnico: Joel Santana
Vasco: Tiago, Rodrigo Antônio, Vilson, Jorge Luiz e Calisto; Jonílson, Amaral (Andrade), Alex Teixeira (Xavier) e Morais; Edmundo e Alan Kardec (Abuda). Técnico: Alfredo Sampaio
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca
Auxiliares: Marco Aurélio dos Santos Pessanha e Orlando Hortêncio.
Cartões amarelos: Souza, Jônatas, Cristian e Obina (Flamengo); Morais, Edmundo e Rodrigo Antônio (Vasco)
Gols: Alan Kardec, aos 31, e Fábio Luciano, aos 41 minutos do primeiro tempo; Ronaldo Angelim, aos 34 do segundo tempo

sábado, 16 de fevereiro de 2008

CORONEL BOLOGNESI 0 X 0 FLAMENGO

Se o Flamengo atua daquela forma enfrentando o Coronel com nome de molho de macarronada, como se comportará quando for jogar fora contra River, Boca, Cruzeiro, São Paulo? Eis o principal problema do Flamengo: jogar fora. Desde o ano passado que o time tem dificuldades nas partidas na casa do adversário, sempre adotando uma postura cautelosa, sem achar espaço, sendo amplamente dominado. E o Joel andou dizendo no final do ano passado que o problema era o time não saber se defender foa de casa. Diagnóstico totalmente equivocado!

Escrevo sobre o assunto porque a última partida levantou uma suspeita sobre aonde o excesso de defensivismo pode nos levar. O esquema do Joel é 3-5-2. O volante (atualmente Jaílton) faz as vezes de um terceiro zagueiro, dando liberdade para os laterais atuarem na armação. Deu certo nos jogos em casa do ano passado, em um contexto altamente favorável de apoio da torcida, vibração e com a contribuição das dimensões do campo do Maracanã. Porém, nossas vitórias eram sempre apertadas, com exceção de alguns jogos contra times bem fracos, como Figueirense e Goiás. Na reta finalíssima, nossa goleada foi aquele dois a zero contra o Atlético-PR. Fora de casa, ficou na memória um 3 x 1 Cruzeiro, num jogo decisivo, no qual o Flamengo foi se defender e foi totalmente encurralado. O problema é que, na fase final da Libertadoes, se ganharmos de um a zero aqui e tomarmos uma porrada de 3 fora, adeus. Ou seja, a missão do Joel seria armar um time que se acostume a marcar muitos gols no Maracanã (barangas do Estadual não contam) e que ofereça algum perigo fora dos seus domínios. Mas parece que o Natalino não entendeu assim...

Às vezes o 3-5-2 vira 3-6-1. No time do Joel, meia-armador não tem vez. Só tem volante e atacante. Se o volante sabe um pouco sobre o que fazer com a bola dominada, vai armar. Se um jogador de meio-de-campo tem características de armador, vai para o ataque. Assim, o Marcinho virou o novo Renato Augusto, escalado para fazer feio no ataque, enquanto o Maxi fica no banco. Das decisões do Joel, a falta de oportunidades para o argentino é a maior sacanagem de todas, pois o cara já mostrou serviço e foi sacado após uma parada por contusão.

Aliás, escalação tem sido um problema com a chegada dos reforços. O Joel parece meio perdido. Costumo a dizer que se era para manter Toró e o medíocre Jaílton no time, era melhor não trazer ninguém. Dá uma impressão de patota. O único que entrou para ganhar posição foi o Jônatas, que vem jogando pouco. O status do Jônatas é curioso, pois ele só jogou bem de verdade no Flamengo durante meia temporada, quando participou da conquista da Copa do Brasil 2006. Foi para a Espanha e lá quase não atuou. É um bom jogador, mas nas atuais condições não sobra em relação aos concorrentes pela posição. O Kleberson joga no mesmo pedaço do campo, apesar de não ter sido escalado ali pelo Joel. Mas é um jogador que não me empolga. Não gosto de falar em "enganador do futebol", mas o Kleberson ganhou notoriedade a partir da Copa de 2002 e conseguiu viver disso até hoje. A declaração do Luís Roberto, narrador da Globo, deu bem o tom da ilusão que se criou em torno do jogador: "O Kleberson fez uma Copa dos sonhos em 2002!". Na boa, o cara entrou no time titular nas três últimas partidas, teve atuações discretas nas quartas e na semifinal e arrebentou no jogo decisivo. Depois disso, nunca mais brilhou em lugar nenhum. Já se passaram seis anos. Se era para manter alguém no Fla do ano passado, acho que o Cristian deveria brigar por posição com o Kleberson e Jonatas, embora reconheça que este último pode mostrar mais futebol.

Enfim, o Joel tem sido conservador demais, jogando com volantes demais, atacantes improvisados demais e criação de menos. E se o máximo que sua imaginação para mudar o time no segundo tempo pode permitir é escalar o Obina no ataque ao lado do Souza, coisa que ele faz em todos os jogos, os problemas podem aumentar. Espero que a vitória que virá domingo não sirva para nos iludir.

Coronel Bolognesi-PER: Penny, Revoredo, Ostersen, Balbín e Álvarez; Linares, Uribe, Vásquez e Ramírez (Novoa); González Vigil (Mostto) e Ross (Chavez). Técnico: Juan Reynoso
Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Jônatas, Ibson e Toró (Kléberson); Diego Tardelli (Obina) e Souza (Marcinho). Técnico: Joel Santana
Local: Estádio Modelo, Tacna (Peru)
Árbitro: Mauricio Reinoso
Auxiliares: Alfredo Intriagio e Juan Cedeño
Cartões amarelos: Revoredo (Coronel Bolognesi). Juan, Ibson e Diego Tardelli (Flamengo).

domingo, 10 de fevereiro de 2008

FLAMENGO 1 X 4 FLUMINENSE

Passei em frente ao Maracanã na hora do intervalo, justamente quando a chuva chegou ao seu ápice. Fiquei feliz por não estar lá dentro naquele momento, principalmente porque o Apolinho dizia na rádio Tupi que o jogo se desenrolava com alguma emoção mais com baixa qualidade técnica. Concluí que não estava perdendo nada além de uma gripe. Mais aliviado ainda me senti quando acessei o site do Globo Esporte no exato momento em que o quarto gol do Fluminense era anunciado.

O Flamengo fez a única coisa que não podia em um clássico que não valia absolutamente nada com times reservas escalados: tomar uma goleada. Se só perdesse, não haveria problema. É lógico que a lavada não é a maior catástrofe do mundo, mas incomoda. Para encarar as gozações que nos esperam, eu já decidi que não vou me justificar dizendo que estávamos com o time reserva, que o jogo não valia nada, argumentos, aliás, bem plausíveis. Vou dar parabéns aos tricolores e deixá-los achando que têm um timaço. Excesso de confiança do outro lado e vergonha na cara no nosso, é isso que eu espero que essa derrota menor provoque.

Em tempo: meu amigo André me chamou a atenção para os frangos do Diego. Ele acha que o goleiro deve deixar o Mengão. Só vi os lances depois que li a mensagem, e vou além. Vida de goleiro é foda. A desconfiança provocada pela irregularidade vai erodindo aos poucos a carreira do cara, até que se chega a um momento em que um erro fatal define de uma vez por todas seu papel no mundo do futebol. Hoje foi esse dia para o Diego. Para mim, sua carreira acabou. O Bracinho de Jacaré nunca mais vai ser titular em uma gande equipe.

Flamengo: Diego; Luizinho, Thiago Sales, Rodrigo Arroz e Egídio; Cristian, Colace (Marcinho), Leo Medeiros e Kleberson; Diego Tardelli (Max Biancuchi) e Obina. Técnico: Joel Santana
Fluminense: Fernando Henrique; Rafael, Anderson, Roger e Gustavo Nery; Fabinho, Arouca (David), Romeu e Conca (Maurício); Thiago Neves (Tartá) e Cícero. Técnico: Renato Gaúcho
Maracanã/RJ
Árbitro: João Batista de Arruda
Auxiliares: Jackson Lourenço Massara dos Santos e Marcelo Fonseca Duarte
Cartões amarelos: Colace, Diego Tardelli, Thiago Sales, Léo Medeiros e Cristian (Flamengo); Arouca, Gustavo Nery, Romeu (Fluminense)
Gols: Kleberson, aos 4 minutos do segundo tempo, Thiago Neves, aos 7, aos 27 e ao 34, Mauricio, aos 41 do segundo tempo

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

FLAMENGO 2 X 0 VOLTA REDONDA

Tudo caminhando para a confirmação da classificação do Flamengo em primeiro lugar, não há muitos motivos para se deslocar ao Maraca no esdrúxulo horário das sete e meia para assistir mais uma partida contra um fracote. Muitos satanizam o Brasileirão de pontos corridos pela existência de jogos que não valem nada objetivamente. Isso depende muito do papel que o time do sujeito desempenha no campeonato com aquela fórmula. No caso do Estadual com seu atual formato e contando com equipes pequenas muito frágeis, como já foi repetido aqui em outras ocasiões, o desinteresse pode ser bem maior, beirando o absoluto nesta fase final de classificação do primeiro turno.

Preparado para ignorar a partida e deixar para conferir o resultado ao final, dei uma checada no noticiário esportivo, para atualizar as informações que negligenciei nos dias das festas de momo. Vi que o Flamengo promoveria algumas estréias: Rodrigo e Kleberson iriam sair jogando pela primeira vez, enquanto Diego Tardelli finalmente vestiria o manto sagrado em jogo valendo três pontos. Não, não resolvi ir ao Maracanã por causa disso, mas confesso que tive vontade, quase ignorando toda a ponderação apresentada no primeiro parágrafo. O lance é o seguinte: o tipo de pessoa que torce como eu tem necessidade de sentir que o que está acontecendo em campo não escapa ao seu controle. Se vai haver uma mudança no time e se há risco de que esta mudança seja permanente, ou seja, se um dos caras que entra ganha a posição de titular, eu preciso saber porque isso aconteceu. De certa forma, dar um aval. Não quero ser surpreendido. Assim, sempre que há um fato novo, eu me sinto tentado a ir conferir as conseqüências.

Ainda assim, nem assisti a partida. Fiquei acompanhando em consultas esporádicas à internet. Antigamente, quando não era possível ver um jogo na televisão, tinha o rádio. A tela do computador supre, diferente do rádio, a necessidade de respotas visuais: os lances importantes, pouco depois de descritos, podem ser assistidos em vídeos carregados nos sites. Porém a internet, ou melhor, o resumo do jogo em melhores momentos, te dá uma falsa idéia sobre o desempenho do time. Acreditei, vendo os lances, por exemplo, que o Luisinho finalmente havia jogado bem. E aí que entra o jornal do dia seguinte com as notas para as atuações. Pelo que entendi, o jogo foi mais ou menos; Tardelli ficou na média; Luisinho, a mesma porcaria de sempre; Souza, mais uma vez esteve bem, mas gol que é bom...; e o Kleberson foi mal e nesse eu não levo fé nenhuma. E se é pra falar de avaliações tardias, a da contusão do Rodrigo trouxe uma notícia ruim para caramba...

Flamengo: Bruno, Luisinho, Rodrigo (Rodrigo Arroz), Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Jônatas, Ibson e Kléberson (Marcinho); Diego Tardelli (Obina) e Souza. Técnico: Joel Santana
Volta Rendonda: Edinho, Júlio Cezar, Aílson (Vinícius), Alemão e Hamilton (Marcinho); Alexandre, Butti, Leandro Sena (Lecheva) e Glauber; Léo Guerra e Fábio. Técnico: Alexandre Gama
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Pathrice Wallace Correia Maia
Auxiliares: Marcos Tadeu Peniche Nunes e Lennart da Silva Novaes Neto
Cartões amarelos: Luizinho, Diego Tardelli, Rodrigo Arroz, Bruno, Souza e Ibson (Flamengo). Julio Cezar e Glauber (Volta Redonda).
Gols: Juan, aos 2 minutos; Diego Tardelli, aos 24 minutos; e Glauber, aos 44 minutos do primeiro tempo.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

AMÉRICA 0 X 4 FLAMENGO

O Flamengo foi jogar no Engenhão. Como estava viajando, não pude conhecer o estádio construído pela Prefeitura para o Pan e que depois foi cedido para o Botafogo manter bem limpinho, já que sua torcida (?) pouco o freqüenta. Não chegou a ser um público exuberante, mas as 15 mil e tantas pessoas me pareceram pela televisão compor uma audiência bem maior do que a que costuma a comparecer nos jogos da sofrida equipe de General Severiano, também de acordo com o que vejo na telinha.

O Flamengo até que jogou bem, mas o gol não saía. O time pareceu estranhamente cansado. Estranhamente porque o preparador físico andou enaltecendo sua pré-temporada e estávamos no quinto jogo do ano, embora o ritmo seja de maratona. De qualquer forma, é apenas um início de maratona, e vê se algum queniano bota os bofes para fora logo no segundo quilômetro da prova... Acabou que esse cansaço resultou na falta de poder de conclusão e um golzinho legítimo ainda nos foi surrupiado pelo bandeirinha bundão que deu impedimento absurdo em uma cabeçada do Souza.

Nada de gol até os 30 do segundo tempo. Eis que surge Obina! O Obina meteu três. Não foi nada heróico, pois o América tem um time sem-vergonha que tem sido a chacota do nosso grupo no Estadual e abriu totalmente a guarda depois do primeiro direto certeiro, mas é bom ver o Anjo Negro proporcionando a alegria de uma tarde rubro-negra com gols de tudo que é jeito. Obina é daqueles jogadores carismáticos que caem nas graças da torcida, da imprensa, das tias que não entendem de futebol mas de vez em quando batem o olho na televisão e perguntam quem são as principais figuras... Até mesmo os pobres-diabos que não torcem pelo Flamengo nutrem uma simpatia pelo baiano. E o mais maneiro é que o cara não é um típico marqueteiro, é um sujeito simples e até um pouco tímido. O roteiro perfeito para a passagem do Obina no Flamengo é ele permanecer entrando no segundo tempo, meter uns gols importantíssimos (quem sabe o do título da Libertadores?) e ser vendido para o exterior por um valor muito maior do que o que ele efetivamente vale. Assim, o mito prevalecerá.

América: Fábio Carvalho; Bruno Carvalho, Marcio Abraão, Cléberson (Cleiton) e Maciel; Válber, Jefinho, Everton (Messias) e Élvis; Eraldo (Marco) e Lourival. Técnico: Gaúcho
Flamengo: Bruno; Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Maxi Biancucchi), Jônatas, Ibson e Toró; Marcinho (Obina) e Souza (Rodrigo). Técnico: Joel Santana
Local: Engenhão/RJ
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá
Auxiliares: Ronaldo Cristino Kenupp e Vinícius da Vitória Nascimento
Cartões Amarelos: Everton, Jefinho, Elvis e Maciel (América); Toró e Fábio Luciano (Flamengo). Cartões Vermelhos: Jefinho e Elvis (América); Fábio Luciano (Flamengo)
Gols: Obina, aos 30, 43 e 44, e Juan, aos 37 minutos do segundo tempo.

FLAMENGO 1 X 0 MACAÉ

Foi só elogiar! O Flamengo fez um jogo bem ruinzinho contra o Macaé. A partida não chegou a ter grandes cargas de dramaticidade pois o nosso gol saiu logo no início, mas rolou um certo incômodo com os macaenses rondando a nossa área. E rolou, mais ainda, aborrecimento. Caiu a ficha de que o time do Flamengo pode aborrecer bastante. Como o texto está bem atrasado e o sentimento já se dissipou, vou ser bem sucinto nas minhas conclusões. Primeiro: em partidas como esta dá para ver tranqüilamente que nos falta um craque. Alguém capaz de nos provocar a sensação de que acabará a qualquer momento com todo aquele marasmo. Segundo: eles não tiveram propriamente culpa de nada, um até se salvou no meio-campo e o outro fez o único gol da partida, mas enquanto tivermos Toró e Jaílton de titulares absolutos, não dá para acreditar que temos um grande time!

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton Jônatas (Kléberson), Ibson e Toró; Marcinho (Obina) e Souza. Técnico: Joel Santana
Macaé: Cássio, Mário César, André, Souza (Lima) e Bill (Tiano); André Gomes, Wallace, Steve e Wallacer; Zada (Geraldo) e Jones. Técnico: Tita
Local: Maracanã/RJ
Árbitro: Djalma José Beltrami
Auxiliares: Beival do Nascimento e Rodrigo Jóia
Cartões amarelos: Toró (Flamengo). Zada e André (Macaé).
Gol: Toró, aos 6 minutos do primeiro tempo.