quinta-feira, 1 de novembro de 2007

FLAMENGO 2 X 1 CORINTHIANS

Faltava um jogo como este. Se em outras partidas carregadas de emoção (contra o São Paulo, segundo com o Vasco e primeiro com o Fluminense) construímos o resultado no primeiro tempo e depois lutamos para garantir a vitória, desta vez tivemos que atravessar um mau momento que durou 45 minutos para em seguida buscarmos incansavelmente o gol do triunfo, que só chegou aos 30 do segundo tempo.

O jogo foi importantíssimo. Diria que foi didático. Duas lições importantíssimas foram tiradas nos dois tempos distintos da partida. No primeiro, aprendemos que não haverá vitória fácil, que não podemos nos cansar, ser displicentes, confusos ou arrogantes. Todos ou quase todos os times que enfrentaremos nesta reta final terão motivos incontestáveis para querer vencer o Flamengo. O Corinthians tem um time fraco mas é um clube grande. Não nos entregaria docilmente a vitória. Portanto, quando o time entrou bobo na partida, dando espaços pelo lado esquerdo da defesa e sofrendo o primeiro gol, colocou em situação de risco a harmonia conseguida até então pela comunhão estabelecida com a torcida. Ecoaram as primeiras vaias e a cada passe errado a atmosfera de tensão se espalhava como se fosse o reverso da nuvem colorida formada nas arquibancadas quando o time surge no gramado antes do início da partida. A tensão provocada pela ameaça de fracasso é o oposto da celebração motivada pela confiança na vitória.

Compreendemos, então, o que não poderíamos fazer. Lição aprendida, nosso primeiro gol veio ao final do primeiro tempo. Equilíbrio reestabelecido, vamos começar tudo de novo, que venha o segundo tempo.

No segundo tempo, a reflexão seria de outra natureza. Era o momento de aquela comunhão a que me referi acima novamente fazer a sua parte. Torcida e time precisavam deixar clara a sua posição: estávamos em casa. Ali, seríamos nós a dar as cartas, a mandar no jogo. Nós, da arquibancada empurramos; o time, lá embaixo partiu para cima. O Corinthians recuou, as chances surgiram. Estava faltando o gol.

Ontem, cheguei tarde em casa após a partida e estava bem cansado. Se tivesse vindo ao computador para escrever, provavelmente resumiria este texto a um "Renova Roger". É possível que se estranhe a suposta incoerência. Até quem me acompanha na arquibancada sabe que eu torço o nariz para o Roger. Fiquei feliz por ele ter entrado após o intervalo, em um jogo crucial como este. Torci para que desse certo, mas se o Roger não jogasse sério, ao menos seria desmascarado. No fundo, a dúvida em relação a jogadores como ele diz respeito ao seu empenho e motivação para estar ali. Seu talento é inegável. Portanto, ainda que o risco de que eu mude de idéia na próxima partida seja muito grande, pois torcedor apaixonado coerente não existe, a minha avaliação no calor da partida ao ver o gol do Roger foi a seguinte: poucos jogadores do elenco fariam um gol daqueles.

Outros desafios cascudos nos esperam. De imediato, dois adversários diretos. O primeiro nos enfrentará diante de sua torcida, que certamente irá lotar o Mineirão, na (vã) esperança de ser capaz de fazer algo parecido com o que nós fazemos em todos os jogos. Enfim, uma bela briga de cachorro grande, como tem que ser. Sou mais o Mengão, que saiu da zona de rebaixamento para a da Libertadores, que bateu o São Paulo invicto por dezesseis jogos, que venceu todos as partidas remarcadas por causa do Pan, que emplacou uma série de cinco vitórias consecutivas.

Flamengo: Bruno; Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim (Rodrigo Arroz) e Juan; Jaílton, Cristian, Toró e Ibson; Maxi Biancucchi (Roger) e Souza (Obina). Técnico: Joel Santana
Corinthians: Felipe; Fábio Ferreira, Zelão e Betão; Iran, Moradei, Carlos Alberto (Bruno Octávio), Lulinha (Héverton), Dentinho (Arce) e Gustavo Nery; Finazzi. Técnico: Nelsinho Baptista
Árbitro: Leonardo Gaciba
Auxiliares: Altemir Hausmann e Roberto Braatz
Local: Estádio do Maracanã/RJ
Cartões amarelos: Fábio Ferreira e Zelão (Corinthians); Souza e Toró (Flamengo)
Gols: Finazzi, aos 26min, Ibson, aos 46min do primeiro tempo; Roger, aos 30min do segundo tempo.

2 comentários:

Anônimo disse...

É meu amigo! Uma vitória para lavar a alma.
Mas eu fiquei muito feliz mesmo com os resultados de ontem. A derrota do Cruzeiro era esperada. Mas a do Palmeiras... eu bme disse que se o Santos venceu o Náutico fora, poderia muito bem o Juventude vencer o Palmeiras fora também. E aconteceu.
Ficamos em terceiro, mais perto do que nunca da vaga!
Sobre o jogo contra o Corinthians, Fábio Luciano e Íbson, grandes como sempre! Mas o conjunto está bom, cada um fazendo o seu trabalho direitinho!
É isso aí, doimingo tem mais uma pedreira. Embora eu ache que essa derrota de ontem vá desanimar o time mineiro.
Abraço!

Anônimo disse...

Perfeito foi o resultado do Grêmio!!! derrota para o Figueirense!!! Que beleza.
Tb li q o Cristian está de malas prontas, mas nao entendi nada. Quanto tempo será q dura o empréstimo dele pra cá e do Claiton pra lá? Tomara q a diretoria se esperte e resolva logo isso.
FLAMENGO É O PRIMEIRO PENTA DO BRASIL. TEM 15 ANOS ISSO!
Mas é uma pena passar esse tempo todo sem ganhar um campeonato.
Ah, comprei meu ingresso pro jogo contra o Santos. O do Atlético é promoção do leite...
Abraço!