domingo, 4 de novembro de 2007

CRUZEIRO 3 X 1 FLAMENGO

Ah, o Flamengo e sua antiga mania de ressuscitar os mortos! O Lázaro da vez foi o Cruzeiro, sete jogos sem vencer, enquanto vínhamos como um foguete numa seqüência de cinco vitórias. Nosso time não soube tirar nem um pouquinho de vantagem do nosso melhor momento. Pelo contrário, não se esforçou para jogar de igual para igual no primeiro tempo, deu campo ao Cruzeiro e tentou sair no contra-ataque usando apenas um jogador na ligação, o de sempre, Ibson.

Deu tudo errado nas jogadas de ataque. O Juan, que teve uma atuação muito ruim, pior até que a da última quarta-feira, errou tudo na frente e deixou espaços na defesa. Com a apresentação tímida do Leo Moura, o Ibson não conseguia dar seqüência às jogadas. Mas a maior decepção foi o Obina. Engana-se quem diz que a bola não chegou até ele. O Souza não tem marcado muitos gols, mas pelo menos tem cumprido uma função primordial para os ataques do Flamengo: nas bolas esticadas na frente, o Souza, de costas para o zagueiro, é capaz de dominar e proteger a bola até que alguém encoste, normalmente um dos laterais ou o Ibson, para receber a redonda e partir em velocidade. Se não estou enganado, em todas as bolas que o Obina recebeu nestas condições no jogo de hoje, ele caiu. Na maioria não houve falta, ou houve, mas de coordenação motora. E a isso se resumiu sua atuação no ataque do Flamengo nesta tarde.

Ainda que ache que a atitude do time no primeiro tempo foi excessivamente passiva, a falta de qualidade no meio-de-campo cobrou seu preço hoje. O Cristian também esteve mal hoje e na última partida e tanto ele quanto o Toró não foram capazes de contribuir com alguma criatividade para a armação das jogadas. Confesso que não vejo solução fácil para o problema, pois o Roger e o Renato Augusto, por mais que possam ter um momento de inspiração (como os dois que teve o namorado da Secco nas últimas duas partidas), não demonstram capacidade de ditar o ritmo do ataque do Mengão em um jogo complicado. O Renato Augusto erra demais na conclusão das jogadas (o chamado último toque) e o Roger parece disperso demais. Ainda assim, acho que o Joel deveria rever a escalação do meio-de-campo, principalmente a presença do Jaílton.

Uma vitória hoje significaria que a vaga na Libertadores viria sem sofrimento. A derrota não significa que a vaga escapou. Enquanto escrevo estas linhas, vejo no site do Globo Esporte que o Sport está vencendo o Palmeiras. Hora de olhar novamente a tabela dos adversários, secar e, principalmente, comprar ingresso para os próximos jogos. Prefiro acreditar que a derrota foi providencial, pois se o Flamengo vence, eu ficaria eufórico e não conseguiria me concentrar para terminar minha monografia, que preciso entregar na semana que vem.

Cruzeiro: Fábio; Mariano, Léo Fortunato, Emerson e Jonathan; Luís Alberto, Ramires, Charles e Wagner (Kerlon); Guilherme e Roni (Marcinho). Técnico: Dorival Júnior.
Flamengo: Bruno; Leonardo Moura, Fábio Luciano, Thiago Sales e Juan (Roger); Jaílton, Cristian (Leo Medeiros), Ibson e Toró; Maxi Biancucchi (Renato Augusto) e Obina. Técnico: Joel Santana.
Local: Estádio Mineirão (MG)
Árbitro: Heber Roberto Lopes
Auxiliares: Ednilson Corona e Emerson Augusto de Carvalho
Cartões amarelos: Juan, Roger (Flamengo); Emerson (Cruzeiro)
Gols: Roni, aos 26min e 38min do primeiro tempo; Charles, aos 12min, Roger, aos 21min do segundo tempo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Só tenho uma coisa a dizer, meu amigo: estamos com sorte de campeão.
E esse campeonato q estamos disputando, só vai ter sua final ano q vem. E vc sabe qual é!
Abração! Nos vemos domingo.

Anônimo disse...

É Gabriel...
Mais uma vez vc fez uma excelente observação sobre o jogo. Apenas gostaria de acrescentar algumas coisas, d eforma geral.
O Juan tem andando mal já faz algumas rodadas, mas isso não significa que ele tenha de ser crucificado ou algo assim. Soube que nessa terça-feira ele foi insultado durante o treino. Não concordo!! Até bem pouco tempo atrás ele era o destaque e principal arma do time. Vamos tratar de recuperá-lo e em vez de agressão, incentivo.
Voltando a falar da atuação diante do Cruzeiro, sem dúvida alguma foi uma tarde pavorosa. Ela me lembrou àquela que considerei a pior do ano, que foi o jogo no sul, contra o Inter. Desde o princípio dava pra perceber que seriam 90 minutos de sofrimento. E o pior é que se tratou de um sofrimento desnecessário, pois se tivesse uma atuação ao menos razoável, seria tranquilo obter pelo menos um ponto, ponto esse que seria extremamente útil, ainda mais diante de um adversário direto. Mas agora, não adiante reclamar. temos de focar nos próximos jogos e fazer o dever de casa, ou seja, ganhar os dois próximos jogos que serão no Maracanã, contando com a principal arma do time no campeonato - a força da torcida. A gente não merece passar sufoco e depender demais do resultado fora de casa, contra o Timbu...
A sorte tá lançada (e parece que tá conosco).
Um abraço.

Gabriel disse...

André,
Tinha mandado um "sequencia de vitórias seguidas!" mas já corrigi, foi a raiva do jogo!
No jogo contra o Corinthians neguinho já pegou no pé do Juan. Já tinha acontecido com o Leo Moura e é uma sacanagem: os caras se apresentam para o jogo e botam a cara para bater, quando estão mal, erram. Jogadores como o Toró e o Jailton se escondem, aparecem menos no jogo, fazem menos merda e não ganham vaia. Eu sou contra a vaia; se um cara tá mal e você quer que o reserva entre, grite o nome do reserva. No caso do Juan, concordo com você, é melhor recuperá-lo do que ir de Egídio (que ainda está verde).
Tô preocupado com o julgamento de sexta, não dá para pegar punição no jogo do Santos, mas no do Atlético dá. Vamos ver se aquele Michel Assef jr. prego ganha uma.
Vai estar aí no domingo? Vai no jogo?

Anônimo disse...

Meu caro Gabriel, fiquei conhecendo seu blog através do André e passarei a fazer parte deste cantinho rubro negro sempre de agora em diante. Eu concordo em numero, gênero e grau com relação ao Juan,essa atitude deste torcedor que tentou agredí-lo so pode ter vinda de um completo idiota, pois esse jogador foi fundamental para a alanvancada do Fla no segundo turno e digo mais nenhum time no Brasil hoje tem dois laterais como o Flamengo tem, e por causa de estúpidos como esses poderemos ficar sem um deles na próxima temporada, pq o Juan e um jogador que se abate muito quando a torcida o vaia, mais aqui vai um incentivo de um flamenguista de verdade,força Juan sou mais vc!!!!.
E pra terminar Jailton, ninguem mereceeeeeeeeeeeeeeeee.

Gabriel disse...

Valeu, Sócrates! Um ilustre membro da FLATAFORMA será sempre bem-vindo! Quanto ao Juan, só espero que ele se motive com as críticas e arrebente no jogo. Vai ser jogão domingo, 40 mil já foram vendidos!
Abraço!!!!

Anônimo disse...

É meus amigos, mas o que será que acontece com o Juan?
Problema físico é claro que não. Problema de salário tb não. Todos estão focados no objetivo da Libertadores. Problemas pessoais? Se for, pede pra sair, pra não jogar. Ou então deixa do lado de fora do portão.
É claro tb que os times já manjaram as jogadas do Fla pelas laterais. A diferença é a qualidade técnica do Léo Moura. Ele tem maisa recursos q o Juan, mesmo q seja caindo pelo meio.
Mas eu mesmo acho q o problema dele é ansiedade. A campanha vem sendo boa, falta pouco pra vaga na Libertadores e ele deve estar nervoso com isso.
Sobre Toró e Jailton, digo o seguinte: o Toró pelo menos a gente vê a vontade, a raça. Pode faltar técnica e tal, mas sobra disposição. Já no Jailton... ele é fraco mesmo. Eu queria ver o Colace jogando. Pra começar, é argentino, deve ter raça. E aparenta ter alguma habilidade. Pelo menos deve acertar passes. Vamos esperar.
Joel barrou Maxi e escalou Renato Augusto. Ainda por cima o comparou ao Edmundo, quando este passou a jogar mais perto do ataque. É, pode ser. Mas quero ver o Renato partindo pra cima com a bola dominada, se impondo, sem medo. Tem que arriscar as jogadas mesmo. Aí, vamos ver o verdadeiro futebol dele.
Saudações, amigos!
www.flagol.blogger.com.br